O Presidente no seu labirinto
A crise estava no ar e os erros que Marcelo cometeu têm de ser enquadrados no seu esforço para a sanar. Em última instância, falhou porque era impossível acertar
Marcelo Rebelo de Sousa “é o que é” e tem sido o maior apóstolo das virtudes da estabilidade política, mesmo que conseguida através de uma solução de Governo que lhe desagradava na doutrina e o incomodava tantas vezes na prática. A crise que levou ao fim dessa solução apanhou-o desprevenido, baralhou os seus dotes de analista, levou-o a cometer erros e, hoje mais do que em momento algum do seu mandato, o Presidente aparece associado ao problema quando sempre foi visto, mal ou bem, como parte da solução. Há nesta convicção que se estende desde uma parte substancial do PSD às franjas da esquerda que chumbou o Orçamento uma parte de razão, como há igualmente uma parte de erro. Marcelo, em última instância, não tem culpa da crise.
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Marcelo Rebelo de Sousa “é o que é” e tem sido o maior apóstolo das virtudes da estabilidade política, mesmo que conseguida através de uma solução de Governo que lhe desagradava na doutrina e o incomodava tantas vezes na prática. A crise que levou ao fim dessa solução apanhou-o desprevenido, baralhou os seus dotes de analista, levou-o a cometer erros e, hoje mais do que em momento algum do seu mandato, o Presidente aparece associado ao problema quando sempre foi visto, mal ou bem, como parte da solução. Há nesta convicção que se estende desde uma parte substancial do PSD às franjas da esquerda que chumbou o Orçamento uma parte de razão, como há igualmente uma parte de erro. Marcelo, em última instância, não tem culpa da crise.