Pandemia agravou condições de mulheres na prostituição

Estudo diagnóstico sobre as mulheres no sistema de prostituição em Lisboa é apresentado esta sexta-feira e pretende ser uma ferramenta para ajudar na reflexão sobre o tabu que ainda é a prostituição.

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Paulo Pimenta

“Só vai para a rua quem não tem nada. E depois vamos ficando, porque também já não temos nada a perder. Ali ninguém vale nada, nem os clientes, nem nós. Estamos ali, mas é como se não estivéssemos. Para eles, nós não somos gente, para nós, eles também não são gente.” O relato cru é de Olívia (nome fictício), uma das 24 mulheres em situação de prostituição que integram o estudo sobre esta realidade na região de Lisboa. E onde se fala do impacto da pandemia nesta actividade e da forma como as redes estão cada vez mais organizadas, visível na crescente prática em espaços fechados.

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“Só vai para a rua quem não tem nada. E depois vamos ficando, porque também já não temos nada a perder. Ali ninguém vale nada, nem os clientes, nem nós. Estamos ali, mas é como se não estivéssemos. Para eles, nós não somos gente, para nós, eles também não são gente.” O relato cru é de Olívia (nome fictício), uma das 24 mulheres em situação de prostituição que integram o estudo sobre esta realidade na região de Lisboa. E onde se fala do impacto da pandemia nesta actividade e da forma como as redes estão cada vez mais organizadas, visível na crescente prática em espaços fechados.