“Ninguém conversou comigo”, diz Miguel Albuquerque, que confirma voto contra o OE dos deputados do PSD-Madeira
Um dia depois de ter aberto a porta a uma negociação que permitisse aos deputados do PSD-Madeira viabilizarem o Orçamento do Estado, Albuquerque diz que o telefone não tocou. Assim, o voto é contra.
De Lisboa, ninguém ligou. Nem o primeiro-ministro, nem o PS, nem o Presidente da República, nem mesmo Rui Rio. “Não, ninguém conversou comigo”, garantiu Miguel Albuquerque na manhã desta quarta-feira aos jornalistas, à margem de uma visita a uma empresa do sector imobiliário, dizendo que os três deputados do PSD-Madeira vão votar contra a proposta de Orçamento do Estado para 2022.
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De Lisboa, ninguém ligou. Nem o primeiro-ministro, nem o PS, nem o Presidente da República, nem mesmo Rui Rio. “Não, ninguém conversou comigo”, garantiu Miguel Albuquerque na manhã desta quarta-feira aos jornalistas, à margem de uma visita a uma empresa do sector imobiliário, dizendo que os três deputados do PSD-Madeira vão votar contra a proposta de Orçamento do Estado para 2022.
“O voto é aquele que foi anunciado, é contra. Só se houvesse uma mudança súbita a bem do país e a bem da região”, clarificou o líder do PSD-Madeira, repetindo que “não houve nenhum contacto oficial”, mas, ressalvando, que está sempre disponível para falar com quem quiser falar com ele. Nesta terça-feira, Albuquerque tinha aberto a porta a uma eventual negociação.
O chefe do executivo madeirense de coligação PSD-CDS adianta que Rui Rio sabe qual é a posição dos deputados da Madeira – “está consubstanciada numa decisão da comissão política do PSD-Madeira” – e rejeita que um voto favorável dos deputados madeirenses seja, como Rio descreveu nesta terça-feira, vender a ilha.
“A Madeira tem uma realidade específica, e é minha obrigação enquanto eleito defender em primeiro lugar, e contra tudo e contra todos, os interesses da região autónoma e da sua população”, argumentou, desvalorizando as implicações da queda do Governo no orçamento regional.
“É melhor termos um orçamento (o da região) em duodécimos do que termos um Orçamento (do Estado) que leve o país à ruína”, disse, acusando o PCP e Bloco, os “derrotados das autárquicas”, de quererem “chantagear o país”. O que estão a exigir, considera Albuquerque, não é comportável no actual quadro legislativo, e perante a crise que se avizinha.