Lucros da Jerónimo Martins sobem 47,7% para 324 milhões

Nos primeiros nove meses do ano, a empresa dona do Pingo Doce e da Biedronka registou vendas de 15,2 mil milhões, mais 7,1%.

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Pedro Soares dos Santos, presidente do grupo Jerónimo Martins Rui Gaudenco

O grupo de distribuição Jerónimo Martins encerrou os primeiros nove meses deste ano com lucros, após interesses minoritários, de 324 milhões de euros, um crescimento de 47,7% face aos 219 milhões de euros registados um ano antes.

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O grupo de distribuição Jerónimo Martins encerrou os primeiros nove meses deste ano com lucros, após interesses minoritários, de 324 milhões de euros, um crescimento de 47,7% face aos 219 milhões de euros registados um ano antes.

Em comunicado ao mercado, a companhia dona das cadeias Pingo Doce e Recheio (Portugal), da Biedronka e da Hebe (Polónia) e da Ara (Colômbia) adianta que, entre Janeiro e Setembro últimos, o EBITDA foi de 1,14 mil milhões de euros. É um crescimento de 11,1% por comparação ao resultado antes de impostos, juros, depreciação e amortização consolidado 12 meses antes.

No período em análise, as vendas e prestações de serviços consolidadas pelo grupo liderado por Pedro Soares dos Santos avançaram 7,1% face aos primeiros nove meses de 2020 (período que a partir de Março foi condicionado pela pandemia), ascendendo a 15,2 mil milhões de euros.

Grupo investe 650 milhões em 2021

Na Polónia, onde o grupo fez 69,9% das vendas consolidadas (ou 10,6 mil milhões de euros), através da Biedronka, a cadeia de retalho alimentar fechou Setembro com 3174 unidades operacionais.

Nas perspectivas que divulgou esta quarta-feira, a companhia de distribuição planeia aumentar ainda este ano a rede da Biedronka na Polónia em mais 100 lojas (já contabilizando eventuais encerramentos), renovando outras 300 unidades. É, aliás, a Biedronka que vai receber cerca de 60% dos 650 milhões de euros de investimento (capex) previsto pelo grupo para este ano.

Uma divisão que se tem verificado nos primeiros três trimestres deste ano: em 363 milhões de euros investidos, 66% foram dirigidos à Biedronka, 18% à distribuição em Portugal e 9% à retalhista colombiana.

“Comprometida com o esforço de expansão”, a Ara “somará mais de 100 novas lojas à cadeia no corrente ano”. Setembro encerrou com 727 unidades Ara operacionais em território colombiano.

No Pingo Doce, que fechou o terceiro trimestre com 458 super e hipermercado em Portugal, as vendas, incluindo combustível, cresceram 3,9%, para 2,95 mil milhões de euros. O Pingo Doce representou assim 19,4% das vendas consolidadas pelo grupo nos nove meses em causa.

A cadeia grossista Recheio, com 42 superfícies comerciais de venda a comerciantes e a hotéis, restaurantes e cafés pastelarias (conhecido como canal Horeca) - e, por isso, mais fortemente penalizada pelas várias fases de confinamento entre 2020 e 2021 - viu as vendas voltarem a crescer (3,2%), para 660 milhões de euros.