Vitória investiu mais que o Benfica e merecia mais

Empate 3-3 adiou decisões no Grupo A da Taça da Liga. “Encarnados” estiveram por duas vezes a vencer por dois golos, mas não conseguiram deter a reacção vimaranense.

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LUSA/ESTELA SILVA

Uma taça é sempre uma taça, mesmo que seja a Taça da Liga, agora e para sempre a última das prioridades para quem tem calendários carregados. Para o Vitória de Guimarães, que não tem de se preocupar com as competições europeias, esta era uma boa via para uma conquista, para o Benfica, que tem de gerir liderança no campeonato e carreira na Liga dos Campeões, nunca será uma grande tragédia deixar esta taça para trás. Pepa investiu mais do que Jorge Jesus e quase foi feliz, mas o resultado foi um empate (3-3) que deixou os “encarnados” a dependerem de si próprios para chegar à “final four” da competição.

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Uma taça é sempre uma taça, mesmo que seja a Taça da Liga, agora e para sempre a última das prioridades para quem tem calendários carregados. Para o Vitória de Guimarães, que não tem de se preocupar com as competições europeias, esta era uma boa via para uma conquista, para o Benfica, que tem de gerir liderança no campeonato e carreira na Liga dos Campeões, nunca será uma grande tragédia deixar esta taça para trás. Pepa investiu mais do que Jorge Jesus e quase foi feliz, mas o resultado foi um empate (3-3) que deixou os “encarnados” a dependerem de si próprios para chegar à “final four” da competição.

Da forma como as coisas estão, o Vitória ainda é líder do Grupo A, com quatro pontos, depois do triunfo por 2-0 sobre o Sporting da Covilhã e deste empate, mas o Benfica controla o seu destino: se ganhar à formação serrana por três golos de diferença no confronto de 15 de Dezembro na Luz, passa para a fase seguinte. Ou seja, a gestão de Jorge Jesus para este jogo acabou por funcionar, tendo em conta que o actual líder da I Liga será sempre candidato a uma vitória robusta sobre o 14.º classificado da II Liga. Mas o Benfica correu muitos riscos no Afonso Henriques e o seu destino podia bem ter sido o do FC Porto no dia anterior, eliminado nos Açores logo ao primeiro jogo.

Apesar de ter muita gente no “onze” com menor rotação (Pizzi, Radonjic, Meité, Ramos), o Benfica até entrou muito bem no jogo, mais assertivo e com mais certezas do que o seu adversário mais completo em relação ao seu plano habitual. Por filosofia ou por excesso de confiança, a verdade é que o Vitória foi um desastre nos primeiros 20 minutos e o Benfica quase aproveitou em pleno. Tivessem os “encarnados” aproveitado todas as jogadas de perigo que tiveram e o jogo teria acabado logo ali.

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Ainda nem um minuto tinha passado e já Radonjic estava a criar perigo com um remate que passou bem perto da baliza de Bruno Varela. Depois, aos 7’, com um canto, Pizzi meteu a bola na área vimaranense e Alfa Semedo, cabeceou para a própria baliza, uma tremenda infelicidade do trinco dos vimaranenses com passado benfiquista.

Pouco depois, aos 15’, Everton conduziu a jogada pelo flanco esquerdo, deixou para Pizzi e o médio atirou para o 0-2, perante fraca oposição de Varela, naquele que foi apenas o seu primeiro golo da temporada – Jesus já não conta com ele para a unidade principal, mas o médio continua a mostrar que pode ser importante. Como voltou a mostrar aos 20’, num passe que isolou João Mário, mas o ex-“leão”, que tinha entrado pouco antes para o lugar do lesionado Taarabt, permitiu a defesa de Varela.

Era um início sufocante do Benfica e absolutamente desastrado do Vitória, mas André André, o capitão, deu o grito de revolta com um golo aos 21’, na recarga ao primeiro remate que tinha feito. Os “encarnados” ainda conseguiram repor a vantagem em dois golos, uma obra de arte de Radonjic, que, após passe de Pizzi, tirou dois do caminho e rematou para um golo de excelente efeito. Mas o Vitória reentrou no jogo com uma cabeçada certeira de Estupinán no tempo de compensação antes do intervalo.

O segundo tempo foi quase todo do Vitória. Jesus foi tentando reforçar os pontos débeis da equipa e manter a energia em níveis altos, mas os minhotos carregavam de todos os lados. Estupinán marcou em fora-de-jogo (por pouco aos 69’) e Quaresma acertou na trave aos 71’, antes de Bruno Duarte fazer o 3-3, após jogada de Lameiras. Mais um golo, e o Vitória teria garantido a presença na “final four”. Mas o Benfica não deixou e ficou com o destino nas mãos.