João Lobo Antunes: um legado de ideias, pessoas e instituições
Era na interligação de ideias, de pessoas e de várias instituições com a sociedade que João Lobo Antunes projetou aquilo que seria o papel fundamental da ciência, da educação e do conhecimento no futuro.
Foi a 27 de Outubro de 2016 que João Lobo Antunes nos deixou. Passado o luto e, cinco anos depois, João Lobo Antunes continua presente nas ações e decisões de tantos que por ele foram influenciados. Todos ambicionamos dar um contributo para tornar o mundo melhor, e João Lobo Antunes fê-lo de uma forma notável. Médico e professor na Faculdade de Medicina da Universidade da Lisboa, as suas qualidades intelectuais rapidamente transpuseram os muros do hospital e da escola. Ninguém ficava indiferente a ouvi-lo. A sua intervenção cívica culminou nos cargos de mandatário das candidaturas presidenciais de Jorge Sampaio e Cavaco Silva e membro do Conselho de Estado.
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Foi a 27 de Outubro de 2016 que João Lobo Antunes nos deixou. Passado o luto e, cinco anos depois, João Lobo Antunes continua presente nas ações e decisões de tantos que por ele foram influenciados. Todos ambicionamos dar um contributo para tornar o mundo melhor, e João Lobo Antunes fê-lo de uma forma notável. Médico e professor na Faculdade de Medicina da Universidade da Lisboa, as suas qualidades intelectuais rapidamente transpuseram os muros do hospital e da escola. Ninguém ficava indiferente a ouvi-lo. A sua intervenção cívica culminou nos cargos de mandatário das candidaturas presidenciais de Jorge Sampaio e Cavaco Silva e membro do Conselho de Estado.
O seu prestígio granjeou o respeito de todos, e ele usou sabiamente essa autoridade para iniciar uma revolução silenciosa na Faculdade de Medicina: a revolução da ciência. Paulatinamente, durante anos, foi ele que lançou as bases para a criação do Instituto de Medicina Molecular (iMM). João Lobo Antunes, a quem homenageamos também no nome do iMM, acarinhou e acompanhou o crescimento deste instituto que é hoje o que ele lhe permitiu ser – um espaço construído por pessoas que, em total liberdade, realizam o seu sonho de fazer avançar o conhecimento científico.
Sem João Lobo Antunes, não existiria o Instituto de Medicina Molecular. Outras instituições que usufruíram da sua visão e dedicação possivelmente não teriam a mesma projeção. Exemplos como a Universidade de Lisboa, que cresceu em vigor e robustez pela fusão com a Universidade Técnica, e a Faculdade de Medicina, que tem hoje um prestígio reconhecido por todos. Para além da estátua de Egas Moniz, a Escola possui agora outra estrutura icónica: o Grande Auditório João Lobo Antunes. Lá são recebidos os novos alunos de medicina. Lá decorrem conferências médicas e científicas, nacionais e internacionais. Lá são realizadas as cerimónias de reconhecimento dos melhores alunos e atribuídos os prémios científicos mais distintos a nível nacional. Em suma, lá se concretiza no dia-a-dia a visão estratégica que João Lobo Antunes concebeu para o futuro da Faculdade e da Universidade.
Era na interligação de ideias, de pessoas e de várias instituições com a sociedade que João Lobo Antunes projetou aquilo que seria o papel fundamental da ciência, da educação e do conhecimento no futuro. Um futuro que deve encontrar respostas para as doenças e para a saúde humana. É esse o caminho que estamos a percorrer e que todos os dias procuramos no laboratório, na faculdade e no consultório.
Um obrigado ao homem e ao legado de João Lobo Antunes.
A autora escreve segundo o novo acordo ortográfico