Já podes jogar basquetebol de rua com vista para o Tejo, em Alcântara

Doca do Espanhol, em Lisboa, rendeu-se ao basquetebol de rua. Parque de estacionamento dá lugar a novo campo pela mão do artista Flix.

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A Doca do Espanhol, em Alcântara, tem cara nova. E bem colorida. O local, que no final dos anos 90 era conhecido pelos seus famosos torneios de basquetebol de três contra três, e que ultimamente servia como estacionamento, ganhou um upgrade do artista Flix, numa iniciativa da administração do Porto de Lisboa e da Hoopers.

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A Doca do Espanhol, em Alcântara, tem cara nova. E bem colorida. O local, que no final dos anos 90 era conhecido pelos seus famosos torneios de basquetebol de três contra três, e que ultimamente servia como estacionamento, ganhou um upgrade do artista Flix, numa iniciativa da administração do Porto de Lisboa e da Hoopers.

Combinando desporto e arte urbana, o objectivo da intervenção na Doca de Alcântara foi criar um novo espaço desportivo “com vista à promoção e dinamização da prática do basquetebol”, revela ao P3 André Costa, fundador da plataforma Hoopers, destinada à comunidade desta modalidade.

A transformação ficou a cargo de Flix, que já tinha colaborado com a Hoopers na criação de outro campo em Penafiel. O artista urbano de 45 anos, que prefere ser chamado “artista de espaço público”, teve total liberdade para criar.

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Hoopers _ Malagueta

Para o arquitecto venezuelano a residir em Lisboa desde 2017, a inspiração veio do “ambiente imediato”, a própria Alcântara, diz. Junto ao rio, optou por recorrer à simbologia das bandeiras náuticas. No antigo parque de estacionamento, que fica em frente à redacção do PÚBLICO em Lisboa, Flix imaginou um desenho codificado em que a cada letra da palavra “Alcântara” corresponde uma bandeira náutica. A composição funciona, deste modo, como um grande mural com que o artista quer homenagear as origens e os valores do local. As cores da obra são, portanto, as originais das bandeiras usadas.

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Flix

O espaço contempla dois campos de basquetebol 3x3 e as linhas de lance livre remetem também para o imaginário náutico. As bóias de salvamento correspondem ao lugar onde os jogadores de basquetebol vão, muitas vezes, “salvar” uma jogada ou um jogo. A intervenção durou cerca de dez dias, conta Flix, que usou tintas especiais com endurecedor e antiderrapante, ideais para a prática desportiva.

Foi a Hoopers, que já fez intervenções semelhantes noutras zonas da capital, que apresentou a ideia ao Porto de Lisboa, que “foi super bem acolhida”, realça André. Para Ricardo Medeiros, administrador do Porto de Lisboa, o mural é “um dos primeiros passos” para tornar estes espaços “mais interessantes e próximos” das pessoas e das empresas ali implantadas. “Estamos muito satisfeitos com o resultado e acreditamos que este espaço será muito utilizado pela comunidade local”, disse em comunicado remetido para o P3. O campo, que já está aberto ao público e é de acesso livre, vai ainda ganhar, nas áreas adjacentes, uma mesa de ping-pong e um saco de boxe​.

Texto editado por Amanda Ribeiro