Joana Guerra e Tiago Sousa partilham o palco num concerto duplo no Porto
A violoncelista e cantora Joana Guerra e o pianista Tiago Sousa, ambos compositores, partilham esta quarta-feira o tempo de um concerto. No CCOP, no Porto, às 21h30.
Costuma dizer-se “isso são peanuts”, quando se quer desvalorizar qualquer coisa. Mas neste caso não se trata de peanuts (amendoins) e sim de Pinuts, nome da agência que esta quarta-feira leva a um só palco, num concerto duplo, dois dos artistas que representa: a violoncelista, cantora e compositora Joana Guerra e o pianista e também compositor Tiago Sousa. O espectáculo terá lugar no Porto, no auditório do CCOP (Circulo Católico de Operários do Porto), às 21h30 e terá uma duração de 90 minutos (45 minutos para cada, com um “ligeiro intervalo entre ambos”).
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Costuma dizer-se “isso são peanuts”, quando se quer desvalorizar qualquer coisa. Mas neste caso não se trata de peanuts (amendoins) e sim de Pinuts, nome da agência que esta quarta-feira leva a um só palco, num concerto duplo, dois dos artistas que representa: a violoncelista, cantora e compositora Joana Guerra e o pianista e também compositor Tiago Sousa. O espectáculo terá lugar no Porto, no auditório do CCOP (Circulo Católico de Operários do Porto), às 21h30 e terá uma duração de 90 minutos (45 minutos para cada, com um “ligeiro intervalo entre ambos”).
Joana e Tiago lançaram álbuns em plena pandemia, em 2020, ela Chão Vermelho, ele Oh Sweet Solitude. E serão estes discos a base desta apresentação dupla no Porto, sendo que, no caso de Tiago (que irá apresentar-se a solo, ao piano), serão tocados também temas do seu próximo disco. Com Joana (violoncelo) estarão Carlos Godinho (percussionista) e Maria do Mar (multi-instrumentista).
Joana Guerra nasceu e cresceu em Lisboa, em 1983, tendo no horizonte a serra de Sintra, “como musa inspiradora”. Começou a estudar violoncelo na escola do seu bairro, a mesma onde (diz ela num texto autobiográfico) teve aulas de karaté. Até iniciar o seu projecto a solo, em 2011, estudou no Conservatório de Música de Lisboa e licenciou-se em Literatura Portuguesa na Universidade Nova. A procura por “paisagens musicais que pudessem reflectir o [seu] desejo de experimentação acústica” levou-a à improvisação e a um som que foi construindo, espelhando-o em discos: Gralha (2013), Cavalos Vapor (2016), OsSo (2018), Alarming Kids (2019, este em parceria com o violinista Gil Dionísio) e, por fim, Chão Vermelho (2020).
Quanto a Tiago Sousa, nascido também em 1983, fundou a editora Merzbau (B Fachada, Noiserv, Lobster), estudou jazz no Barreiro e a solo foi mostrando a sua música através de álbuns como Crepúsculo (2006), Insónia (2009), Walden Pond’s Monk (2011), Samsara (2013), Um Piano nas Barricadas (2016), Oh Sweet Solitude (2020) e, já este ano, ANGST, com “uma série de ensaios sobre o ser efémero”. “Um trajecto singular, sem alarido, mas consistente”, como se lhe referiu Vítor Belanciano, no Ípsilon, no lançamento de Oh Sweet Solitude.