Google baixa comissões que cobra aos criadores de aplicações
Aplicações de serviços por subscrição de música, como o Spotify e a Netflix, passam a pagar uma comissão de 10%. Apps de jogos estão excluídas da mudança.
A Google vai reduzir as taxas que cobra às apps de serviços por subscrição que estão alojadas na loja de aplicações. Isto quer dizer que serviços como a Netflix, o Audible (serviço de subscrição de audiolivros) e a Bumble (app de encontros) passam a pagar uma comissão que vai até 15% das vendas. É metade do valor original. O valor desce para 10% no caso de apps dedicadas, especificamente, ao streaming de música (Spotify) e à venda de livros digitais.
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A Google vai reduzir as taxas que cobra às apps de serviços por subscrição que estão alojadas na loja de aplicações. Isto quer dizer que serviços como a Netflix, o Audible (serviço de subscrição de audiolivros) e a Bumble (app de encontros) passam a pagar uma comissão que vai até 15% das vendas. É metade do valor original. O valor desce para 10% no caso de apps dedicadas, especificamente, ao streaming de música (Spotify) e à venda de livros digitais.
A informação foi avançada na passada quinta-feira num comunicado sobre o modelo de negócio da Google. O objectivo é ajudar os programadores a “criar negócios sustentáveis” e garantir que “a Play [loja da Google] continua a liderar o ecossistema de apps”.
Actualmente, quando alguém subscreve ao serviço de uma app na PlayStore (por exemplo a Netflix), a Google recebe 30% desse valor durante 12 meses. O valor desce para 15% após um ano. “[Os nossos parceiros dizem que a] rotatividade dos clientes torna desafiante beneficiar desta redução de taxa. Por isso, estamos a tornar as coisas mais simples”, justifica a equipa da Google.
Com a mudança, a Google também aumenta a pressão em torno da Apple. Nos últimos anos, ambas as empresas têm sido criticadas pelos criadores de aplicações pelas elevadas comissões que cobram nas suas lojas online. A discussão intensificou-se em Agosto de 2020 quando ambas as empresas removeram o videojogo Fortnite por desrespeitar as regras contratadas e tentar fugir às taxas de pagamento das lojas.
No início deste ano, a Epic, dona do Fortnite, tentou processar a Apple por gerir um monopólio com a App Store, mas o tribunal considerou que os programadores tinham beneficiado da “crescente inovação” do sistema operativo iOS. A empresa apenas foi obrigada a deixar os programadores vender os produtos fora da sua loja.
Videojogos populares não beneficiam
A nova estratégia da Google mostra que a empresa é diferente da rival. No entanto, as apps de videojogos mais populares da PlayStore não vão beneficiar das taxas mais baixas. São estas apps que mais contribuem para a receita da loja da Google: segundo dados do site de análise Sensor Tower, em 2020, a Google gerou 38 mil milhões de dólares na sua loja online (32,6 mil milhões de euros) e ganhou cerca de 9,9 mil milhões de euros de comissão (a 30%). A maioria do dinheiro (8,2 mil milhões) surge das vendas em apps de videojogos.
“Iremos continuar envolvidos com programadores para compreender os seus desafios e oportunidades”, prometeu Sameer Samat, vice-presidente de Gestão de Produtos da Google em comunicado. “As subscrições digitais tornaram-se um dos modelos de crescimento mais rápido para os criadores de apps”.
As mudanças entram em vigor a 1 de Janeiro de 2022.