Diário da Lisboa Boémia, ou quando a cidade vivia “mais de noite do que de dia”
Chamaram-lhes “loucos anos” e há quem diga que estão prestes a repetir-se. A década frenética deu a Lisboa clubes sumptuosos, ousadas maneiras de vestir, um Parque Mayer. Os anos 1920 são retratados em novo livro.
A noite de 6 de Janeiro de 1927 foi agitada no Teatro da Trindade. A estreia da peça A Garçonne, baseada no romance homónimo de Victor Margueritte, foi recebida com “pateada, aplausos e zaragata” depois de muita tinta correr nos jornais. Dias antes, o Diário de Lisboa dava conta de “uma justificada ansiedade do público” e o Novidades posicionava-se contra a representação: “A sua obscenidade vai até à crápula. A sua imoralidade exalta o vício que julga compatível com a virtude e apresenta, sob cores lisonjeiras, a mais depravada animalidade.”
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A noite de 6 de Janeiro de 1927 foi agitada no Teatro da Trindade. A estreia da peça A Garçonne, baseada no romance homónimo de Victor Margueritte, foi recebida com “pateada, aplausos e zaragata” depois de muita tinta correr nos jornais. Dias antes, o Diário de Lisboa dava conta de “uma justificada ansiedade do público” e o Novidades posicionava-se contra a representação: “A sua obscenidade vai até à crápula. A sua imoralidade exalta o vício que julga compatível com a virtude e apresenta, sob cores lisonjeiras, a mais depravada animalidade.”