Rafa salva Benfica no último segundo
Crise encarnada sublinhada com novo jogo sem chama perante um adversário que esteve na iminência de pontuar mas perdeu, quando menos se esperava, pela primeira vez em casa.
O Benfica superou o teste em Vizela e recuperou a liderança do campeonato, evitando o nulo no último fôlego do jogo com um golo de Rafa (90+7'), em partida deste domingo da nona jornada da Liga, que assim frustrou a passagem de testemunho para os rivais FC Porto e Sporting.
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O Benfica superou o teste em Vizela e recuperou a liderança do campeonato, evitando o nulo no último fôlego do jogo com um golo de Rafa (90+7'), em partida deste domingo da nona jornada da Liga, que assim frustrou a passagem de testemunho para os rivais FC Porto e Sporting.
Jorge Jesus deu um voto de confiança aos jogadores que defrontaram o Bayern Munique, apresentando o mesmo onze (à excepção do lesionado André Almeida, rendido por Diogo Gonçalves). O Vizela alterou três pedras em relação ao último compromisso, arriscando em dois defesas sem rotinas de jogo, e posicionou-se de forma a neutralizar um adversário pressionado pelos três últimos resultados.
O Benfica idealizou uma estratégia em que a aproximação de Yaremchuk a Darwin, com Rafa nos apoios, obrigava os locais a cerrarem fileiras e a deixarem o corredor esquerdo — onde Álvaro Pacheco apostou em Igor Julião no lugar de Kofi — desimpedido para as incursões de Grimaldo. Estranhamente, foi pelo meio que os encarnados canalizaram quase todo o jogo, encontrando sempre forte resistência.
O Benfica tinha a bola, impunha o ritmo e testava os níveis de ansiedade do Vizela, que pela primeira vez recebia um dos grandes do futebol nacional. Nervos indisfarçáveis nos primeiros dez minutos, até Darwin surgir isolado na frente de Charles, na primeira ocasião de golo da partida... Uma oportunidade clara, mas não tão flagrante como a aquela de que Samu dispôs no lance imediato, na sequência de um atraso de Vertonghen que ia correndo mal não fosse a hesitação do médio vizelense e a luva de Vlachodimos, a emendar a atrapalhação perante Schettine.
Aproveitaram os locais para se imporem no período que se seguiu, conseguindo, inclusive, nova oportunidade, sempre por Samu, para bater a defesa benfiquista. O Vizela respirava e pensava cada vez melhor, chegando ao intervalo com o triplo dos remates do Benfica, que ainda assim acabou a primeira parte em crescendo, com Charles e Ivanildo a evitarem o pior em dois momentos de maior inspiração dos visitantes.
Ciente de que para virar a página era preciso uma leitura diferente da partitura, o Benfica regressou empenhado em justificar a lição aprendida na Champions para tentar recuperar a liderança depois das ultrapassagens de FC Porto e Sporting. Darwin obrigou Charles a defesa de recurso, mas os problemas eram evidentes e o Vizela não só resistia como ainda criava a dúvida em lances que poderiam dar uma dimensão diferente à crise de resultados das “águias”.
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Jorge Jesus tinha que intervir para despertar uma equipa sem chama nem intensidade suficiente para explorar a falência física do Vizela, com Álvaro Pacheco a ter que substituir alguns elementos importantes numa fase crítica.
O Benfica ainda festejou um golo de Rafa, à entrada dos últimos dez minutos, prontamente invalidado por posição irregular do benfiquista. Mas esse parecia o canto do cisne que Rafa desmentiu com um golo ao cair do pano.