O despertar da Capadócia, assim na terra como no céu
O balonismo não nasceu aqui. Mas uma viagem de balão neste cenário é o que há de mais celestial. Depois de sobrevoar as chaminés das fadas e de descer às cidades subterrâneas, fica-se convencido de que a Capadócia tem tanto interesse na terra como no céu. Um aviso: o sotaque é castelhano e a banda sonora é mariachi. Suba-se ou desça-se, a Capadócia desperta.
A cidade dorme. O muezzin acorda. A oração ecoa melodiosa pelos declives de Ürgüp. São 5h30 e as carrinhas brancas descem as acanhadas ruas da cidade. Percorrem caminhos acidentados que a escuridão não permite reconhecer. A fila cresce em cada cruzamento — mais veículos surgem das várias bifurcações — e forma-se uma corrente silenciosa por entre o que parecem ser rochas compridas e abauladas. As carrinhas rodopiam, cada uma para seu lado, numa ginástica artística madrugadora, e espalham-se pelo vale da Rosa, levantando uma nuvem de pó e iluminando o cenário de vermelho com os faróis traseiros.
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A cidade dorme. O muezzin acorda. A oração ecoa melodiosa pelos declives de Ürgüp. São 5h30 e as carrinhas brancas descem as acanhadas ruas da cidade. Percorrem caminhos acidentados que a escuridão não permite reconhecer. A fila cresce em cada cruzamento — mais veículos surgem das várias bifurcações — e forma-se uma corrente silenciosa por entre o que parecem ser rochas compridas e abauladas. As carrinhas rodopiam, cada uma para seu lado, numa ginástica artística madrugadora, e espalham-se pelo vale da Rosa, levantando uma nuvem de pó e iluminando o cenário de vermelho com os faróis traseiros.