Fenprof anuncia nova greve de professores para o dia 12
Além da greve de professores e educadores já marcada para dia 5 de Novembro, a Fenprof vai aderir à greve nacional da administração pública marcada para dia 12, sete dias depois
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) anunciou esta sexta-feira a adesão à greve nacional da administração pública marcada para dia 12 e a realização de uma concentração em frente à Assembleia da República no dia 5 de Novembro.
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A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) anunciou esta sexta-feira a adesão à greve nacional da administração pública marcada para dia 12 e a realização de uma concentração em frente à Assembleia da República no dia 5 de Novembro.
A concentração, marcada para as 15h00, realiza-se no mesmo dia em que os professores e educadores estarão em greve, 5 de Novembro, convocada por várias organizações sindicais, e em simultâneo com a audição do ministro da Educação no parlamento a propósito da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).
Além da paralisação marcada para 5 de Novembro, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, anunciou também a adesão à greve nacional da administração pública convocada para 12 de Novembro pela Frente Comum.
Estas são algumas das acções de luta aprovadas hoje durante o Conselho Nacional da Fenprof, que prossegue no sábado, e representam a resposta dos professores à proposta do Governo para o OE222 e àquilo que descrevem como um “bloqueio negocial” imposto pela tutela.
“Temos consciência que os problemas dos professores são problemas que não se resolvem num ano, nem de uma vez. O que não toleramos é que não haja um sinal de vontade de, pelo menos começar a dar resposta a esses problemas”, justificou Mário Nogueira em declarações à agência Lusa.
Além da das duas greves nacionais e da concentração no dia 05, o secretário-geral da Fenprof anunciou ainda que os professores irão retomar na segunda-feira a greve ao sobretrabalho, que ameaçam manter até ao final do ano lectivo.
“Se o Governo insistir em manter os problemas que nós sabemos que existem na organização dos horários de trabalho que levam a que estes sejam muito superiores aos limites que a lei fixa, esta greve será mantida”, sublinhou, acrescentando que os professores recuarão se o Ministério da Educação aceitar negociar sobre o tema.
Por outro lado, a estrutura sindical vai também lançar uma petição pela “efectivação dos direitos e respeito do horário de trabalho”, que será entregue no parlamento no dia 10 de Novembro, além de outras iniciativas e reuniões com partidos e autarquias, neste caso no âmbito do processo de municipalização.