Ronaldo e o eventual adeus à selecção: “Ainda não chegou a minha altura”
Avançado português assume que sairá pelo próprio pé quando perder capacidades. “Quero elevar ainda mais o registo”, acrescenta.
Até quando? Esta é uma das questões que nos últimos tempos se tem levantado em torno do futuro de Cristiano Ronaldo. Até quando pretende continuar a jogar a alto nível? Até quando pensa representar a selecção? O avançado português é taxativo quanto a uma eventual retirada: “Ainda não chegou a minha altura”.
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Até quando? Esta é uma das questões que nos últimos tempos se tem levantado em torno do futuro de Cristiano Ronaldo. Até quando pretende continuar a jogar a alto nível? Até quando pensa representar a selecção? O avançado português é taxativo quanto a uma eventual retirada: “Ainda não chegou a minha altura”.
Os sinais que o goleador português tem dado apontam precisamente nesse sentido, o da continuidade. Aos 36 anos, continua a bater alguns recordes e a alargar outros, tornando-os praticamente inalcançáveis. Mas Cristiano quer mais e está em Old Trafford para continuar a preencher o currículo com a camisola do Manchester United.
Em entrevista à Sky Sports, o madeirense assegura que continua a sentir-se motivado para representar Portugal e que não sente, por agora, qualquer tipo de limitação. “Porquê retirar-me? Sinto que ainda não chegou a minha altura. Vou retirar-me da selecção não quando as pessoas acharem que o devo fazer, mas sim quando quiser, quando sentir que já não consigo correr, driblar, rematar, quando já não tiver força. Ainda tenho tudo isso, portanto quero continuar”.
No fundo, insiste, sente-se “motivado” (e repisa a palavra) para continuar ao mais alto nível, apesar de tudo o que já conquistou. "Ainda me sinto motivado para fazer as pessoas felizes, a minha família, e eu próprio. Isso é o mais importante. Quero elevar ainda mais o registo. Gosto de jogar futebol e sinto-me bem a fazer as pessoas felizes”.
Esta semana, levou mais uma dose de felicidade aos adeptos do United, ao apontar o golo que consumou a reviravolta dos “red devils” no jogo da Liga Europa. E ao serviço da selecção continua a acumular golos e mais golos - são já 115, que fazem dele o maior goleador da história do futebol de selecções.
Para quem tem o passado de Cristiano em Old Trafford, este regresso poderá ser visto como uma etapa de consagração. Mas o avançado português faz questão de sublinhar que este é um novo capítulo e admite que ainda está a adaptar-se a um futebol que admira: “O futebol inglês é mais rápido do que em qualquer outra liga em que joguei, os jogadores são mais honestos, os árbitros não apitam tantas faltas”.
Questionado sobre o que mudou nesta janela de 12 anos, desde a sua primeira passagem por Inglaterra até hoje, Cristiano Ronaldo vai directo à questão na autoanálise: “Nessa altura, era mais um extremo, mais rápido, driblava mais, agora sou mais objectivo, guardo as pernas para os momentos certos, para matar um jogo.”