No interior do grito de libertação dos Primal Scream

Numa autobiografia agora lançada, Bobby Gillespie reflecte sobre os primeiros 30 anos de vida, antes do lançamento de Screamadelica, a obra que marcou a segunda fase da sua existência, e a de muita gente, e que faz 30 anos. O álbum Demodelica está aí para o lembrar.

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“Não, não estava previsto que chegasse aqui”, afirmava Bobby Gillespie, o líder dos Primal Scream, há três semanas em Oslo. E justificava: “Na infância, cresci num meio de classe operária, sem grandes horizontes, onde toda a lógica social está moldada para que não se vá muito longe. E mesmo os Primal Scream foram sempre vistos como um bando de miúdos drogados, nunca nos atribuíram grande pertinência cultural. Por isso, sim, é irónico que tantos anos depois ainda estejamos por aqui.”