Léa Drouet não nos quer indiferentes à violência

Radicada em Bruxelas, a encenadora e actriz francesa conta as histórias de uma avó que sobreviveu à Segunda Guerra Mundial e uma bebé curda morta em 2018 pela polícia belga num espectáculo sobre a “omnipresença” da violência e a humanidade que perdemos quando a “normalizamos”. Violences faz parte da programação do Festival Internacional de Marionetas do Porto e passa esta quinta-feira pelo palco do Teatro Campo Alegre.

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Léa Drouet faz de Violences um espectáculo de resistência e “reconstrução” Adriano Miranda

Mado tinha apenas dez anos quando, em 1942, teve de deixar a cidade de Paris. Escapou, sem a companhia dos pais, com um pequeno grupo de fugitivos, que abandonaram a capital francesa numa madrugada discreta. “Era Junho. O trigo já estava crescido e havia imensas papoilas nos campos. E ela ia dizendo para si mesma: ‘Apesar de tudo, a gente, ao caminhar pelas terras cultivadas, está a destruir as searas de trigo.’”

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Mado tinha apenas dez anos quando, em 1942, teve de deixar a cidade de Paris. Escapou, sem a companhia dos pais, com um pequeno grupo de fugitivos, que abandonaram a capital francesa numa madrugada discreta. “Era Junho. O trigo já estava crescido e havia imensas papoilas nos campos. E ela ia dizendo para si mesma: ‘Apesar de tudo, a gente, ao caminhar pelas terras cultivadas, está a destruir as searas de trigo.’”