Já se sabia que não seria fácil. Após a morte de José Mário Branco (JMB), Camané havia de tornar-se órfão artístico. Não que Camané tivesse alguma vez sido uma “invenção” de JMB, naturalmente, mas a sua discografia foi construída, desde a primeira hora – isto é, desde Uma Noite de Fados (1995) –, a partir da visão conjunta do seu fado. O que garantiu que o rasto discográfico do fadista não ostentasse aquele ar de cata-vento tão comum entre os seus pares, não passando o tempo a debicar e a experimentar vários registos, à procura daquele que melhor servia e se alimentava de cada momento. Juntos, souberam resistir sempre a essa tentação e criaram uma obra que, por isso mesmo, é absolutamente singular.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Já se sabia que não seria fácil. Após a morte de José Mário Branco (JMB), Camané havia de tornar-se órfão artístico. Não que Camané tivesse alguma vez sido uma “invenção” de JMB, naturalmente, mas a sua discografia foi construída, desde a primeira hora – isto é, desde Uma Noite de Fados (1995) –, a partir da visão conjunta do seu fado. O que garantiu que o rasto discográfico do fadista não ostentasse aquele ar de cata-vento tão comum entre os seus pares, não passando o tempo a debicar e a experimentar vários registos, à procura daquele que melhor servia e se alimentava de cada momento. Juntos, souberam resistir sempre a essa tentação e criaram uma obra que, por isso mesmo, é absolutamente singular.