FC Porto só não admite perder a identidade frente ao AC Milan
Sérgio Conceição esteve em San Siro, há 25 anos, na última e grande vitória dos “dragões” sobre os “rossoneri”, mas está é interessado no presente e num triunfo que ajude a apagar a imagem deixada ante o Liverpool.
Dezoito anos depois do último embate, na final da Supertaça Europeia de 2003, no Mónaco — decidida aos 10 minutos, por Shevchenko —, FC Porto e AC Milan preparam-se para o décimo confronto da história entre os dois emblemas, esta noite (20h ES1). Tudo num jogo que poderá assumir contornos de final, embora Sérgio Conceição defenda que nada ficará decidido no Grupo B da Liga dos Campeões, especialmente à terceira jornada, quando os “dragões” somam um ponto e os milaneses nenhum, contra o pleno dos “reds” e quatro pontos de Atlético Madrid.
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Dezoito anos depois do último embate, na final da Supertaça Europeia de 2003, no Mónaco — decidida aos 10 minutos, por Shevchenko —, FC Porto e AC Milan preparam-se para o décimo confronto da história entre os dois emblemas, esta noite (20h ES1). Tudo num jogo que poderá assumir contornos de final, embora Sérgio Conceição defenda que nada ficará decidido no Grupo B da Liga dos Campeões, especialmente à terceira jornada, quando os “dragões” somam um ponto e os milaneses nenhum, contra o pleno dos “reds” e quatro pontos de Atlético Madrid.
Depois da pesada derrota (1-5) ante o Liverpool, Sérgio Conceição projecta já um FC Porto à imagem do verdadeiro “dragão”, capaz de manter a identidade, independentemente do resultado que venha a alcançar. Sinal de pragmatismo, até porque defronta o segundo clube com mais Champions (sete) no currículo, só superado pelas 13 do Real Madrid.
Com Zlatan Ibrahimovic, de 40 anos, a ameaçar a reentrada no “onze” de Stefano Pioli (técnico carregado de baixas), Sérgio Conceição acredita que a equipa defensivamente mais capaz será aquela que estará mais próxima da vitória, pretendendo duas coisas simples: “jogar bem e ganhar!”. Isto sem deixar de lembrar que “nada ficará decidido” depois desta partida, obviamente importante para a discussão do acesso aos oitavos-de-final.
A melhor forma de arrepiar caminho é mesmo somar a primeira vitória nesta edição, que seria a terceira de sempre ante os “rossoneri” e a primeira dos últimos 25 anos, depois do triunfo em pleno San Siro, então com Sérgio Conceição no “onze” titular de António Oliveira.
Convidado a embarcar numa viagem no tempo, ao século passado… ao ano de 1996, o treinador dos “dragões” mostrou algum desprendimento em relação a esse triunfo portista (2-3) e às memórias ou marcas “bonitas” que essa jornada europeia lhe proporcionou, mas que só as notícias recentes reavivaram.
Para o agora treinador, essa vitória histórica sobre “uma das melhores equipas de sempre do AC Milan” teve o mérito de ajudar ao apuramento do FC Porto como líder do grupo, com cinco vitórias e um empate, precisamente frente aos italianos (1-1), nas Antas.
Nesta edição, depois do tropeção com o Liverpool, tal já não será possível, mas o discurso de Sérgio Conceição é claro: “Podemos não ganhar o jogo, mas perder a identidade nunca!”, vincou, ideia passada para o balneário, conforme se infere das declarações de Matheus Uribe, médio que abriu a conferência de imprensa.
“A motivação não requer grande trabalho nestes jogos. Precisamos é de baixar a euforia dos jogadores”, assume Conceição, pouco impressionado com o facto de o AC Milan ainda não ter pontuado, após ter estado a vencer em Liverpool e ter cedido nos instantes finais com o Atlético de Madrid, em Milão.
“Trata-se de um adversário forte, que ainda não perdeu no campeonato italiano, onde já defrontou equipas como a Juventus, a Lazio e a Atalanta”, alertou, atento às opções de Pioli num AC Milan que deverá contar com Zlatan Ibrahimovic, mais um “entre os futebolistas de grande qualidade” dos “rossoneri” — um regresso anunciado, após paragem, com que o FC Porto terá de lidar.
“Sabemos onde gosta de jogar, onde se sente mais confortável”, assumiu Conceição, disposto a não deixar o internacional sueco à vontade, até por entender que, tal como Messi e Cristiano Ronaldo, é um dos melhores do mundo, daqueles que “não precisam de cinco ocasiões para fazer um golo”.
O treinador do FC Porto sabe dos pontos fortes do AC Milan, independentemente de uma ausência poder alterar a dinâmica de jogo, mas lembra que o seu plantel também tem “jogadores de altíssimo nível”, entre os quais poderá estar Mbemba, a recuperar de lesão e que só as próximas horas ajudarão a perceber se estará apto.
Ausência notada nos italianos será a do internacional croata Ante Rebic, baixa de última hora. De fora da convocatória ficaram Theo Hernandez e Brahim Díaz, a braços com sintomas de covid-19. Stefano Pioli não dispõe igualmente de Maignan, Junior Messias, Florenzi e Plizzari, lesionados, e ainda do castigado Franck Kessié, tendo chamado Bakayoko, médio cedido pelo Chelsea, após um mês de paragem.