Champions: FC Porto vence AC Milan e ganha fôlego para a segunda ronda

“Dragões” monopolizaram o jogo e criaram situações mais do que suficientes para um triunfo confortável. Com este resultado, igualam o Atlético Madrid na classificação.

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EPA/ESTELA SILVA

Ao décimo embate, o FC Porto quebrou a velha tradição milanesa e venceu pela primeira vez, em casa, o AC Milan (1-0), na 3.ª jornada da fase de grupos. Um triunfo curto mas crucial para as aspirações portistas na Liga dos Campeões, especialmente depois do desastre com o Liverpool e do sabor a pouco do empate na deslocação a Madrid. 

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Ao décimo embate, o FC Porto quebrou a velha tradição milanesa e venceu pela primeira vez, em casa, o AC Milan (1-0), na 3.ª jornada da fase de grupos. Um triunfo curto mas crucial para as aspirações portistas na Liga dos Campeões, especialmente depois do desastre com o Liverpool e do sabor a pouco do empate na deslocação a Madrid. 

Nesta terça-feira, mesmo sem tempo para preparar este desafio, a arte de Luis Díaz foi suficiente para compensar a noite infeliz de Taremi e, com isso, deixar o AC Milan completamente atolado, ainda sem pontos, no fundo do Grupo B. O FC Porto apanhou, assim, o Atlético de Madrid no segundo lugar, criando condições psicológicas para atacar o objectivo dos oitavos-de-final na viagem a Milão

Apesar da aposta em João Mário, quando se esperava que Corona pudesse assegurar o corredor de Rafael Leão, a ausência do mexicano no “onze” inicial — fosse a lateral ou a extremo — e a chamada de Evanilson, para combinar com Taremi na frente, constituíram as principais surpresas que Sérgio Conceição reservou para Stefano Pioli, já que Sérgio Oliveira assumia-se como escolha pacífica.

A entrada de Mbemba, para cumprir o 100.º jogo de “azul e branco”, e a troca de Zaidu por Wendell, em estreia a titular na Champions, confirmaram as preocupações defensivas do treinador portista, que no lançamento do jogo vincou a importância de um bloco consistente para aumentar as probabilidades de sucesso. Conceição apresentou, de resto, uma linha totalmente nova em relação à que o Liverpool fragmentou, mantendo apenas o guarda-redes Diogo Costa, num claro sinal de confiança depois da exibição menos feliz com os “reds”.

Pelo AC Milan, entre baixas importantes, apenas a confirmação de que Ibrahimovic frustrava o esperado embate com Pepe, com o sueco a começar no banco de suplentes (o eixo do ataque foi ocupado por Giroud).

No choque inicial, com as atenções viradas para o duelo entre João Mário e Rafael Leão, Luis Díaz acabaria por dar razão aos receios de Stefano Pioli, inclinando o tapete do Dragão e colocando os italianos em sentido com um poderoso remate ao poste da baliza de Tatarusanu, logo aos cinco minutos. O colombiano só esbarrou na indiferença do árbitro, reclamando a dureza de Calabria em dois lances que terminariam com amarelos perigosos para Sérgio Oliveira e Uribe.

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Os “rossoneri” acabariam por sobreviver, a custo, a um largo período em que o FC Porto chegou a ser asfixiante, embora desastrosamente ineficaz, com Taremi a revelar-se demasiado perdulário, para desespero de Conceição e de Evanilson, em posição privilegiada para marcar (18’), mas aparentemente invisível para o iraniano, que continuou a acumular finalizações pouco populares, cinco no total.

Agradecia um AC Milan confrangedoramente incapaz de atacar a baliza de Diogo Costa, a concluir a primeira parte com um remate (em posição irregular não assinalada) contra 11 dos portistas, e com Zlatan “em pulgas” no banco.

Avisados ao intervalo de que, em Madrid, o Atlético recuperara de uma desvantagem de dois golos, o FC Porto precisava de resolver rapidamente as hesitações ofensivas. Mas Taremi voltaria a revelar-se absolutamente inócuo, ao mesmo tempo que o AC Milan ia evitando o colapso, provando que o colosso de outros tempos precisa de tempo para recuperar a aura do heptacampeão europeu que agora regressa à elite após sete anos de “exílio”.

Inconformado, o treinador italiano fazia uma tentativa de reanimar a equipa com três substituições simultâneas e a tão esperada entrada de Ibrahimovic em cena. Timing arruinado por Luiz Díaz, que aproveitou mais um deslize de Taremi para transformar uma bola perdida no golo que fazia explodir o Dragão, aos 65’.

Na recta final, a tendência do jogo manteve-se, com o FC Porto quase sempre a ronda a baliza contrária, e só nos derradeiros minutos Sérgio Conceição deu descanso a Taremi e a Otávio, segurando um triunfo importante, que permite aos “dragões” igualarem os quatro pontos do Atlético Madrid, que sucumbiu a um penálti de Salah (2-3).