William e Kate repetem roupa de cerimónia para chamar a atenção para o impacto climático da moda

O prémio ambiental foi criado pelo príncipe, o segundo na linha de sucessão ao trono britânico, e teve como objectivo premiar os que combatem as mudanças climáticas.

Fotogaleria

Enquanto muitos eventos estendem uma passadeira vermelha por onde passam celebridades extremamente bem vestidas, no domingo à noite, o Earthshot Prize Awards tinha uma passadeira verde e os que a percorreram foram instruídos a “considerar o meio ambiente” ao selecionar as suas roupas. Foi o que fizeram os anfitriões, William e Kate. O prémio ambiental foi criado pelo príncipe, o segundo na linha de sucessão ao trono britânico, e teve como objectivo premiar os que combatem as mudanças climáticas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Enquanto muitos eventos estendem uma passadeira vermelha por onde passam celebridades extremamente bem vestidas, no domingo à noite, o Earthshot Prize Awards tinha uma passadeira verde e os que a percorreram foram instruídos a “considerar o meio ambiente” ao selecionar as suas roupas. Foi o que fizeram os anfitriões, William e Kate. O prémio ambiental foi criado pelo príncipe, o segundo na linha de sucessão ao trono britânico, e teve como objectivo premiar os que combatem as mudanças climáticas.

William da Grã-Bretanha chegou envergando um casaco de veludo verde que já havia usado num evento em 2019, e com umas calças velhas, com cerca de 20 anos. Por seu lado, Kate repetiu um vestido Alexander McQueen em tons pastel que usou há uma década, em Los Angeles, nos prémios BAFTA. A duquesa de Cambridge é conhecida por repetir roupas.

De acordo com o canal televisivo ITV, no Reino Unido cerca de 165 milhões de euros em roupas são enviados semanalmente para aterros santitários. Ultimamente, os investigadores preocupados com a crise climática têm chamado à atenção para a indústria da moda, a segunda mais poluente. Muitas marcas, nomeadamente do Reino Unido, têm sido criticadas por produzir roupas baratas, a chamada fast fashion, com pouca qualidade e que acaba em aterros. De acordo com a Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa, o sector da moda usa mais energia do que a aviação e o transporte marítimo juntos, sendo responsável por cerca de 10% das emissões globais de carbono e quase 20% das águas residuais.

Assim, o traje ecológico usado pelos duques de Cambridge foi apropriado, enquanto os convidados se reuniam para conhecer os vencedores deste ano, cinco projectos, que arrecadaram um milhão de libras (1,18 milhões de euros). O casal chegou num Audi totalmente eléctrico que funciona sem emitir emissões de dióxido de carbono. De acordo com o Daily Mail, William e Kate instalaram recentemente um ponto de carregamento para carros eléctricos na sua casa no Palácio de Kensington.

A actriz Emma Watson, que há muito faz campanha pelas questões ambientais, chegou usando um vestido que foi criado com tecido de dez vestidos de noiva usados, ​​que foram doados à instituição de caridade britânica Oxfam. “Quão espetacular é este vestido”, twittou a Oxfam na segunda-feira, confirmando que a roupa da activista foi feita pela criadora Harris Reed.

Foto

O evento Earthshot ocorreu quando outros membros séniores da família real convocaram os líderes mundiais e o público em geral para fazer mais para lidar com a questão da mudança climática. Numa entrevista a semana passada à BBC, o príncipe Carlos, que há muito vem defende o ambiente, revelou que o seu carros desportivo Aston Martin funciona com derivados de vinho e queijo. Quando questionado sobre quanta energia é necessária para aquecer uma residência real como a Clarence House, o príncipe disse que instalou painéis solares para ajudar a fornecer electricidade.

Também William, no final da semana, numa entrevista, lembrou o trabalho do pai e lamentou que os multimilionários não façam mais pelo planeta e invistam em viagens interplanetárias. Também a semana passada, a rainha Isabel II expressou a sua frustração por os políticos, em todo o mundo, “falam” mas “não falam” sobre as mudanças climáticas. Estes comentários foram amplamente interpretados como a monarca a mostrar uma certa irritação por ainda não saber quem estaria presente na conferência sobre o clima COP26, que começa na Escócia no final deste mês.