Porto/Post/Doc traz ao porto As Filhas do Fogo de Pedro Costa

Oitava edição do festival portuense de cinema do real apresenta uma forte programação lusófona e encerra com o projecto multimédia do autor de Vitalina Varela.

Fotogaleria

A oitava edição do Porto/Post/Doc tem início a 20 de Novembro, mas no encerramento, a 30, o festival portuense de cinema do real apresenta um “bombom” irrecusável: a estreia no Porto de As Filhas do Fogo, a colaboração multimédia do cineasta Pedro Costa com o grupo de música barroca Músicos do Tejo

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A oitava edição do Porto/Post/Doc tem início a 20 de Novembro, mas no encerramento, a 30, o festival portuense de cinema do real apresenta um “bombom” irrecusável: a estreia no Porto de As Filhas do Fogo, a colaboração multimédia do cineasta Pedro Costa com o grupo de música barroca Músicos do Tejo

O espectáculo no Coliseu do Porto, com bilhetes já à venda, dá já um “lamiré” para a programação do Porto/Post/Doc 2021, que se inicia a 20, no Rivoli, com a versão restaurada de Maria do Mar, de Leitão de Barros, acompanhada ao vivo pela Orquestra Sinfonietta de Lisboa com Pedro Burmester ao piano. O festival anunciou entretanto o que chama de “programação transatlântica”: o conjunto transversal de títulos portugueses e brasileiros seleccionados para as secções Cinema Falado e Cinema Novo, e que propõe uma invejável lista de filmes que têm feito o circuito de festivais.

Na programação do Cinema Falado estão Sortes, de Mónica Martins Nunes (estreado no festival suíço Visions du Réel), No Táxi do Jack, de Susana Nobre (estreado em Berlim e vencedor do concurso nacional no IndieLisboa), ou Hotel Royal, de Salomé Lamas (apresentado a concurso em Locarno e esta semana no DocLisboa); Constelações do Equador, o novo e potente filme do são-tomense Silas Tiny (O Canto do Ossobó); ou a superior primeira longa do brasileiro Madiano Marcheti, Madalena, revelada em Roterdão.

De destacar igualmente a estreia em Portugal do primeiro resultado da colaboração entre o espanhol Lois Patiño e o argentino Matías Piñeiro, revelada na Quinzena dos Realizadores de Cannes. Antecipando a longa Ariel, baseada na Tempestade de Shakespeare, a curta Sycorax foi filmada nos Açores em co-produção com a Bando à Parte de Rodrigo Areias e tem montagem de Jorge Jácome.

O programa da secção completa-se com as longas-metragens Distopia, de Tiago Afonso, e Edna, de Eryk (filho de Glauber) Rocha, e as curtas 13 Ways of Looking at a Blackbird, de Ana Vaz, Night for Day, de Emily Wardill, Transviar, de Maira Tristão, O que Resta, de Daniel Soares, e Mudança, de Welket Bungué.

Estes títulos juntam-se aos já anunciados focos sobre o americano Theo Anthony (cujo All Light, Everywhere estará também no DocLisboa) e o video-artista paquistanês Basir Mahmood, e à secção de música Transmission que exibirá títulos sobre Karen Dalton, Laurent Garnier, os IDLES ou os Dinosaur Jr. Tudo a decorrer entre 20 e 30 de Novembro, com centro no Rivoli e no Passos Manuel, e com extensões ao Coliseu, ao Planetário do Porto e à Casa Comum da Reitoria da Universidade do Porto.