Benfica segue na Taça mas obrigado a trabalho extra na Trofa

“Encarnados” encontraram grandes dificuldades na terceira eliminatória da Taça de Portugal frente ao Trofense, mas os golos de Éverton e André Almeida acabaram por ser suficientes para a equipa seguir em frente na prova em vésperas da recepção ao Bayern Munique.

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André Almeida (direita) descansou os adeptos na Trofa LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO

Numa partida de grande intensidade, o Benfica venceu o Trofense por 2-1, mas foi obrigado a prolongamento para seguir em frente na terceira eliminatória da Taça de Portugal. Com muitas poupanças na equipa titular, os “encarnados” encontraram grandes dificuldades frente a uma equipa que nunca tinha vencido, nos dois encontros disputadas para o campeonato, já na temporada de 2008-09.

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Numa partida de grande intensidade, o Benfica venceu o Trofense por 2-1, mas foi obrigado a prolongamento para seguir em frente na terceira eliminatória da Taça de Portugal. Com muitas poupanças na equipa titular, os “encarnados” encontraram grandes dificuldades frente a uma equipa que nunca tinha vencido, nos dois encontros disputadas para o campeonato, já na temporada de 2008-09.

Os lisboetas não aproveitaram as inúmeras oportunidades que tiveram para matar o jogo e na recta final do tempo regulamentar acabaram por ser obrigados a um indesejável tempo extra em vésperas de uma jornada da Liga dos Campeões. Na primeira parte Éverton colocou a equipa em vantagem, mas o empate chegou já na fase final do encontro. André Almeida acabou por minimizar os danos.

Na Trofa (onde o Benfica perdeu há 13 anos, por 2-0), frente a uma equipa que subiu esta temporada à II Liga, Jorge Jesus manteve a mesma estrutura táctica, mas aproveitou para fazer várias alterações na equipa, tendo em vista o importantíssimo encontro com o Bayern Munique, na próxima quarta-feira, no Estádio da Luz, para a fase de grupos da Liga dos Campeões. Na baliza, a estreia absoluta de Hélton Leite esta época, com André Almeida e Morato a juntarem-se a Vertonghen, à sua frente, para formar a habitual tripla de defesas centrais. De fora ficaram os sul-americanos Otamendi e Lucas Veríssimo (para além de Darwin na frente), que regressaram apenas na sexta-feira das respectivas selecções.

Mais novidades no meio campo, onde Meité e Gil Dias renderam Julian Weigl e Grimaldo. Na equipa titular entrou ainda Taarabt e Pizzi. Na frente atacante, Éverton e Gonçalo Ramos ocuparam os lugares de Yaremchuk e Darwin.

Muitas novidades, tal como o treinador do Benfica havia antecipado na véspera, minimizando ao mesmo tempo as alterações: “A equipa está com andamento, seja com o Barcelona seja com o Trofense”. Mas quem estava com andamento era também a modesta equipa portuguesa neste reencontro com os “encarnados”.

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O Trofense mostrou ser uma equipa organizada defensivamente e afoita no ataque. Os adeptos da casa gritaram mesmo golo aos 16’, mas um fora-de-jogo foi assinalado a Achouri, num lance bem conseguido do ataque da equipa da casa.

Não valeu e o Benfica foi avançando no terreno, com Éverton e Pizzi aos comandos, a encontrarem espaços entre as linhas para ultrapassar a defesa adversária. Aos 20’, Rodrigo ainda defendeu um remate de Éverton, após uma combinação atacante que envolveu ainda Pizzi e Gonçalo Ramos. O brasileiro não marcou, mas redimiu-se um minuto depois, abrindo o marcador na Trofa, com um remate colocado da meia-lua.

Os lances foram surgindo em cadência junto da área da casa, com os “encarnados” a superiorizarem-se na luta do meio-campo. E se Rodrigo não impediu o golo de Éverton, conseguiu travar um forte remate de Taarabt com o pé direito, em cima do intervalo, mantendo a sua equipa viva para a segunda metade, quando o Trofense haveria de surpreender o poderoso adversário.

Aos 58’, Elias esteve muito perto de empatar, numa iniciativa individual, após uma perda de bola do adversário no meio campo, mas o remate saiu ligeiramente ao lado. Não foi golo, mas alertou Jesus para o perigo. O técnico promoveu três alterações de uma assentada, chamando alguns pesos pesados do banco. Entraram João Mário (Taarabt), Yaremchuk (Gonçalo Ramos) e Weigl (Meité). Os lisboetas ganharam prontamente na circulação de bola e ligação entre sectores. O golo rondava a baliza de Rodrigo, mas não entrava.

Certo parecia o pressentimento de Jesus, já que o Trofense chegou mesmo ao empate aos 80’, pela cabeça de Pachu. Um golpe para os muitos adeptos “encarnados” no estádio, que tiveram de sofrer mais um pouco com o prolongamento. Não foi preciso esperar muito, com André Almeida a apontar o golo do triunfo de remate cruzado, aos 104’, após isolar-se.

Valeu o triunfo, mas a meia-hora extra terá provocado um desgaste acrescido antes do jogo com o Bayern a alguns dos presumíveis titulares.