Belenenses ousado goleado pelo Sporting na Taça
Resistência da equipa do Restelo, que acabou o jogo com 10 unidades, quebrada em definitivo no último quarto de hora.
Um golo-relâmpago, de Tiago Tomás, ameaçava lançar sobre o Belenenses uma tempestade de futebol ofensivo, na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal. Mas o Sporting teve de trabalhar mais do que se previa, apesar do que o resultado sugere (0-4), muito por mérito da organização (e coragem) de um adversário que, mesmo tendo ficado pelo caminho, mostrou qualidade para continuar a escalada na hierarquia do futebol português.
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Um golo-relâmpago, de Tiago Tomás, ameaçava lançar sobre o Belenenses uma tempestade de futebol ofensivo, na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal. Mas o Sporting teve de trabalhar mais do que se previa, apesar do que o resultado sugere (0-4), muito por mérito da organização (e coragem) de um adversário que, mesmo tendo ficado pelo caminho, mostrou qualidade para continuar a escalada na hierarquia do futebol português.
O Sporting surgiu no Restelo com uma mão-cheia de novidades: João Virgínia na baliza, Ricardo Esgaio no trio de centrais, o jovem Gonçalo Esteves a lateral direito, Ugarte a estrear-se a titular e Pedro Gonçalves de regresso após lesão. E na primeira investida à baliza adversária inaugurou o marcador, na sequência de um cruzamento de Ruben Vinagre com finalização de Tiago Tomás (2’).
Os “leões” exploravam da melhor forma a largura e voltariam a colocar o Belenenses em apuros graças à mesma fórmula, atraindo para libertar no corredor contrário. De um lado e de outro, foram chovendo cruzamentos à procura de Jovane, Tiago Tomás ou Pedro Gonçalves.
Devidamente estruturado em 5x2x3, com dois médios mais posicionais que, em posse, procuravam constantemente a velocidade e verticalidade de Clé e David Brazão, o Belenenses foi mantendo a organização defensiva, mas quando procurava pressionar a saída de bola contrária sentia dificuldades. O Sporting, com passes verticais, quebrava com facilidade a primeira linha “azul”, Jovane baixava para o apoio e para atrair a marcação e os “leões” activavam diagonais rápidas no ataque à profundidade.
Numa delas, Pedro Gonçalves ficou frente a frente com o guarda-redes, perdendo o duelo com Marcelo Valverde (35’). Nove minutos depois, foi Tiago Tomás, também ele isolado, a permitir uma defesa tremenda do brasileiro que em 2011-12 representou o Nacional.
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O intervalo chegou com 0-1 e com a eliminatória em aberto, motivo suficiente para o Belenenses elevar um pouco a fasquia do risco e ameaçar o adversário com duas incursões perigosas pela direita. O Sporting respondeu com mais um ataque à profundidade de Tomás e um livre directo de Pedro Gonçalves.
Perto da hora de jogo, começou o ritual das substituições — duas para cada lado —, que se traduziu em maior dinâmica com bola da parte dos anfitriões. Mas seria o Sporting a marcar novamente e outra vez por Tiago Tomás, que aproveitou um amortie de Feddal, após um canto, para encostar de cabeça para as redes, ao segundo poste (69’).
TT mergulha para o bis na partida ??@Sporting_CP | @tiagomelotomas #sporttvportugal #TaçaDePortugal #sportingclubedeportugal #sportingcp #sporting #SCP #OsBelenenses #Belenenses #CFBSCP #TiagoTomas #TT pic.twitter.com/x82CXptKrc
— SPORT TV (@SPORTTVPortugal) October 15, 2021
Foi um golpe demasiado duro numa equipa que, nos derradeiros 15 minutos, mostrou uma intensidade mais condizente com o quarto escalão, no qual compete. As diferenças em campo tornaram-se mais evidentes e os erros individuais ajudaram a desequilibrar de vez a balança. Aos 77’, Jovane fez o 0-3, na marcação de um penálti a castigar braço na bola após cruzamento de Nuno Santos; aos 81’, também de penálti, foi o próprio Nuno Santos a assinar o quarto golo.
Graças a esse lance, o Belenenses ficou reduzido a dez unidades, mas não abdicou de tentar o golo de honra, o que redundou em desequilíbrios e num convite aos ataques rápidos do Sporting, que teve mais um par de grandes ocasiões para continuar a somar golos. Mas o trabalho estava feito. E ambas as equipas terão recolhido aos balneários com o sentimento de dever cumprido.