Deve haver poucos países europeus que tenham o ritual orçamental que Portugal tem. O Orçamento ocupa o comentariado político meses antes de ser apresentado, monopoliza as análises durante semanas ou meses depois da sua apresentação e, no entanto, a sua coreografia básica é sempre a mesma. Uma proposta feita em baixa para a votação na generalidade, deixando margem de manobra para as negociações na especialidade e, no fim, se tudo correr bem, uma aprovação na votação final global. O valor acrescentado para a vida económica e social do país concentra-se sobretudo nas horas de televisão e nas páginas de jornal gastas a supor o que poderá acontecer se o Orçamento for chumbado. Se não for chumbado, começa a preparar-se a coreografia para o ano seguinte.
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Deve haver poucos países europeus que tenham o ritual orçamental que Portugal tem. O Orçamento ocupa o comentariado político meses antes de ser apresentado, monopoliza as análises durante semanas ou meses depois da sua apresentação e, no entanto, a sua coreografia básica é sempre a mesma. Uma proposta feita em baixa para a votação na generalidade, deixando margem de manobra para as negociações na especialidade e, no fim, se tudo correr bem, uma aprovação na votação final global. O valor acrescentado para a vida económica e social do país concentra-se sobretudo nas horas de televisão e nas páginas de jornal gastas a supor o que poderá acontecer se o Orçamento for chumbado. Se não for chumbado, começa a preparar-se a coreografia para o ano seguinte.