O Orçamento na hora da dramatização
Se pequenas cedências servirem para aliviar a líder do Bloco do “balde de água fria”, se for possível responder ao PCP com pequenos ajustes, o OE2022 falhará apenas por falta de ambição reformista.
Ao sétimo Orçamento de António Costa (mais dois rectificativos), a estratégia negocial dos partidos que os têm viabilizado tornou-se um enorme enfado com desfecho conhecido. O que no princípio era estratégia passou a ser teatralização. O que era surpresa deu lugar à rotina. O que era discussão política sucumbiu à manobra. O que podia ser doutrina ou ideologia pereceu na lógica do leilão. O Orçamento de 2022 é um monumento à redistribuição de recursos financeiros do Estado, um manifesto em favor dos apoios sociais, uma ode à prioridade da função pública e dos serviços públicos sobre o resto da sociedade. Ainda assim, o Bloco e o PCP, os seus legítimos representantes e defensores, acham pouco e querem mais.
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Ao sétimo Orçamento de António Costa (mais dois rectificativos), a estratégia negocial dos partidos que os têm viabilizado tornou-se um enorme enfado com desfecho conhecido. O que no princípio era estratégia passou a ser teatralização. O que era surpresa deu lugar à rotina. O que era discussão política sucumbiu à manobra. O que podia ser doutrina ou ideologia pereceu na lógica do leilão. O Orçamento de 2022 é um monumento à redistribuição de recursos financeiros do Estado, um manifesto em favor dos apoios sociais, uma ode à prioridade da função pública e dos serviços públicos sobre o resto da sociedade. Ainda assim, o Bloco e o PCP, os seus legítimos representantes e defensores, acham pouco e querem mais.