Alguns só terão de esperar 15 minutos após toma da vacina contra a covid-19

Tempo de vigilância no local de vacinação foi encurtado para quem não tem doenças crónicas e não apresentou reacções adversas numa toma anterior da mesma marca.

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Rui Gaudêncio

Parte das pessoas que se vacinarem agora contra a covid-19 só terão que permanecer em vigilância 15 minutos no local da vacinação, após a toma da injecção. A regra geral continua a ser meia hora de espera, mas, em determinadas situações, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) decidiu encurtar esse período. Nessa situação estão as pessoas que não apresentaram reacções adversas numa toma anterior da mesma marca e não têm doenças crónicas. 

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Parte das pessoas que se vacinarem agora contra a covid-19 só terão que permanecer em vigilância 15 minutos no local da vacinação, após a toma da injecção. A regra geral continua a ser meia hora de espera, mas, em determinadas situações, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) decidiu encurtar esse período. Nessa situação estão as pessoas que não apresentaram reacções adversas numa toma anterior da mesma marca e não têm doenças crónicas. 

A novidade resulta da actualização da norma da DGS que resume as regras de vacinação e que sofreu algumas alterações esta sexta-feira à noite. As novas regras admitem também que os esquemas vacinais possam “ser adaptados” em determinadas situações: “Viagens de comprovada urgência ou inadiáveis, nomeadamente, em caso de necessidade de cuidados de saúde transfronteiriços, representação diplomática ou de estado, missões humanitárias";  “obrigações laborais ou académicas devidamente fundamentadas (incluindo documentação comprovativa da exigência do país ou instituição de destino)"; “antes do início de terapêuticas imunossupressoras, ou outros actos clínicos devidamente fundamentados”.

As principais mudanças já tinham sido anunciadas no início da semana e dizem respeito à terceira dose da vacina contra a covid-19, a chamada dose de reforço, que vai ser administrada sequencialmente aos residentes de lares de idosos e aos utentes da rede nacional de cuidados continuados e às pessoas a partir dos 80 anos. De seguida, ficam os cidadãos com idade igual ou superior a 65 anos. Quem estiver em condições de receber a terceira dose será inoculado com a vacina da Pfizer/BioNTech que será administrada com um intervalo de, pelo menos, seis meses após a toma da última dose, independentemente de a pessoa ter sido vacinada com outra marca na fase inicial.

A chamada Fase 3 da campanha de vacinação arrancará na próxima segunda-feira, confirmou este sábado a directora-geral de Saúde à agência Lusa, dia em que o Ministério da Saúde anunciou que 85% da população já se encontra vacinada contra a covid-19. “De acordo com a evolução do conhecimento científico e da situação epidemiológica poderão vir a ser definidos outros grupos-alvo para a administração de doses de reforço”, admite a DGS, numa nota que integra a norma. A autoridade nacional de saúde esclarece igualmente que, neste momento, a terceira toma “não é aplicável às pessoas que recuperaram de infecção por SARS-CoV-2”.

Quem ainda não possui as duas doses da vacina contra a covid-19 terá prioridade independentemente da fase em que a campanha de vacinação se encontrar. “Deve ser priorizada a vacinação de pessoas que ainda não tenham o esquema vacinal primário completo, (...), independentemente do momento da campanha de vacinação contra a covid-19”, lê-se na norma.