Os Pandora papers e a (des)vergonha nos museus
Os museus são projectos cívicos e episódios como os do Pandora papers permitem compreender como é essencial este tipo de postura ética, que tem plena tradução na magna carta dos profissionais do sector, o Código Deontológico do ICOM.
Não é apenas a Igreja Católica que tem motivos para sentir vergonha por estes dias. São também os museus e os seus profissionais. Não certamente a maioria, é certo, como o não são também na Igreja. E com a vantagem relativa, aliás, de neste campo a sua principal organização mundial, o Conselho Internacional dos Museus (ICOM), sempre se ter sabido posicionar do lado da ética e sempre ter combatido, e não escondido, a desvergonha — mesmo que tal envolvesse e envolva, como sucedeu e sucede, ter de marcar fronteiras e colocar de fora muitos “museus” por esse mundo fora, incluindo um bom número dos mais celebrados por todo o tipo de “feiras de vaidades” que por aí pululam.
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Não é apenas a Igreja Católica que tem motivos para sentir vergonha por estes dias. São também os museus e os seus profissionais. Não certamente a maioria, é certo, como o não são também na Igreja. E com a vantagem relativa, aliás, de neste campo a sua principal organização mundial, o Conselho Internacional dos Museus (ICOM), sempre se ter sabido posicionar do lado da ética e sempre ter combatido, e não escondido, a desvergonha — mesmo que tal envolvesse e envolva, como sucedeu e sucede, ter de marcar fronteiras e colocar de fora muitos “museus” por esse mundo fora, incluindo um bom número dos mais celebrados por todo o tipo de “feiras de vaidades” que por aí pululam.