Carmo Gomes defende terceira dose para idosos. Guterres apela ao combate de desigualdades na vacinação

As principais notícias desta quinta-feira, dia 7 de Outubro, sobre a pandemia de covid-19.

Foto
REUTERS/Pedro Nunes

O epidemiologista Manuel Carmo Gomes defendeu esta quinta-feira que a dose de reforço da vacina contra a covid-19 deve ser dada prioritariamente aos mais idosos, a partir dos 80 anos, sendo depois alargada por ordem decrescente às pessoas até aos 65 anos, fazendo também sentido ser administrada aos profissionais de saúde, que foram os primeiros a ser vacinados.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O epidemiologista Manuel Carmo Gomes defendeu esta quinta-feira que a dose de reforço da vacina contra a covid-19 deve ser dada prioritariamente aos mais idosos, a partir dos 80 anos, sendo depois alargada por ordem decrescente às pessoas até aos 65 anos, fazendo também sentido ser administrada aos profissionais de saúde, que foram os primeiros a ser vacinados.

Se para uns países se fala já na terceira dose, outros há onde ainda nem a primeira foi administrada. No Burundi, em África, só esta quinta-feira foi anunciada a chegada das primeiras vacinas, nas próximas semanas. 

A pensar na cimeira do G20 no fim deste mês, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lançou um apelo à doação de 8000 milhões de dólares para que possa ser cumprida a estratégia da Organização Mundial da Saúde (OMS) de luta contra a covid-19, que prevê a vacinação de 40% da população de todo o mundo até ao fim deste ano e de 70% até meados de 2022.

“Não termos uma distribuição justa das vacinas não só é imoral, também é estúpido”, avisou António Guterres, numa conferência de imprensa virtual, porque se estão a criar oportunidades para o vírus SARS-CoV-2 sofrer mutações na população que não está vacinada, dando origem a novas variantes que poderão vir a afectar quem já se vacinou.

Para testar esta imunidade na população portuguesa, cerca de 4600 pessoas vão participar na terceira fase do Inquérito Serológico Nacional (ISN), anunciou o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. O ISN permite conhecer a distribuição dos anticorpos específicos contra o vírus SARS-CoV-2, por grupos etários e por regiões, informação que serve para monitorizar a “taxa de ataque desta infecção” e a imunidade da população após a implementação do plano de vacinação. Os primeiros resultados deverão ser conhecidos no início de Dezembro.

Os números divulgados pela Direcção-Geral da Saúde esta quinta-feira mostram que Portugal registou, na quarta-feira, 11 mortes e 731 novos casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2. Foram também reportadas mais 800 recuperações.

O país contabiliza um total de 18.019 óbitos por covid-19 e 1.073.268 casos confirmados de infecção, desde o início da pandemia. Há mais quatro pessoas hospitalizadas esta quinta-feira (num total de 353). Por outro lado, saíram também três pessoas de unidades de cuidados intensivos (num total de 57).

Nos Estados Unidos, a farmacêutica Pfizer pediu ao governo norte-americano para permitir o uso da sua vacina contra a covid-19 em crianças dos cinco a 11 anos, assegurando que as vacinas podem ser administradas nas próximas semanas. A Pfizer alega que as suas investigações provaram que as crianças mais jovens devem receber um terço da dose que agora é dada aos adolescentes e adultos.