Covid-19: terceira fase do inquérito serológico vai determinar imunidade após vacinação

Os primeiros resultados da terceira fase do ISN deverão ser conhecidos no início de Dezembro, estima o INSA.

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A um pequeno número de participantes será feito também o estudo serológico da gripe, com o objectivo de monitorizar a evolução da imunidade da população contra este vírus antes do início do próximo inverno Paulo Pimenta

Cerca de 4600 pessoas vão participar na terceira fase do Inquérito Serológico Nacional (ISN) para determinar a imunidade da população portuguesa após a vacinação contra a contra a covid-19, anunciou hoje o INSA.

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Cerca de 4600 pessoas vão participar na terceira fase do Inquérito Serológico Nacional (ISN) para determinar a imunidade da população portuguesa após a vacinação contra a contra a covid-19, anunciou hoje o INSA.

Em comunicado, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) adiantou que o trabalho de campo desta terceira fase já está a decorrer, dando continuidade ao projecto iniciado em Maio de 2020, ainda na fase inicial da pandemia da covid-19.

O ISN permite conhecer a distribuição dos anticorpos específicos contra o vírus SARS-CoV-2 na população residente em Portugal, por grupos etários e por regiões, informação que serve para monitorizar a “taxa de ataque desta infecção” e a imunidade da população após a implementação do plano de vacinação contra a covid-19, adiantou o instituto.

De acordo com o INSA, o trabalho de campo da terceira fase, que deverá decorrer até final de Outubro, envolve cerca 350 pontos de colheita e prevê o recrutamento de cerca de 4.600 pessoas com idade superior a 12 meses que recorram a um hospital ou laboratório participante no estudo para realização de análises clínicas.

A um pequeno número de participantes será feito também o estudo serológico da gripe, com o objectivo de monitorizar a evolução da imunidade da população contra este vírus antes do início do próximo inverno.

Os primeiros resultados da terceira fase do ISN deverão ser conhecidos no início de Dezembro, estima o INSA.

O INSA adiantou que a informação e as amostras recolhidas são codificadas no momento da recolha para que os dados partilhados e divulgados não permitam a identificação do participante.

A participação no inquérito, que resulta de uma parceria com a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos, a Associação Portuguesa de Analistas Clínicos e 33 hospitais públicos de todas as regiões, “não tem qualquer custo para os participantes, que poderão ter acesso aos seus resultados individuais, caso assim o entendam”, refere o instituto.

Os resultados da segunda fase do ISN, divulgados no final de Abril quando cerca de 22% da população tinha recebido a primeira dose, indicaram uma prevalência de anticorpos específicos contra o SARS-CoV-2 na população de 15,5 %, sendo 13,5% conferida por infecção.

As regiões Norte, Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Alentejo foram aquelas onde se observou uma maior seroprevalência, que, em termos de idade, era mais elevada na população adulta em idade ativa e mais baixa no grupo entre os 70 e os 79 anos.