Veleiro à deriva socorrido após contacto com orcas ao largo do Cabo da Roca
Veleiro sofreu danos na hélice e leme. É recomendado a todos os navegantes que, em caso de avistamento de orcas, seja desligado o motor.
Um veleiro com dois tripulantes que estava à deriva cerca de 55 quilómetros do Cabo da Roca, devido a danos na hélice e leme após uma interacção com orcas, foi esta quarta-feira de madrugada auxiliado pela Estação Salva-vidas de Cascais.
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Um veleiro com dois tripulantes que estava à deriva cerca de 55 quilómetros do Cabo da Roca, devido a danos na hélice e leme após uma interacção com orcas, foi esta quarta-feira de madrugada auxiliado pela Estação Salva-vidas de Cascais.
“Elementos da Estação Salva-vidas de Cascais auxiliaram durante a madrugada de hoje dois tripulantes de um veleiro que se encontrava à deriva, devido a danos na hélice e leme após uma interacção com orcas, a cerca de 30 milhas (aproximadamente 55 quilómetros) do Cabo da Roca, em Sintra, numa acção coordenada pelo Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC Lisboa) em articulação com o Capitão do Porto de Cascais”, refere a Autoridade Marítima Nacional em comunicado.
Na sequência do alerta recebido pelas 02h14, através do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC Lisboa), foi “activada de imediato” a embarcação “Rainha D. Amélia” da Estação Salva-vidas de Cascais.
À chegada junto do veleiro, os elementos da Estação Salva-vidas constataram que as duas pessoas, de 48 e 49 anos e de nacionalidade brasileira, se “encontravam bem fisicamente” e “sem necessidade de assistência médica”.
A seguir procederam ao reboque do veleiro até à marina de Cascais, atendendo a questões de segurança para a navegação.
Tanto a Autoridade Marítima Nacional como o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) recomendam a todos os navegantes que “em caso de avistamento destes mamíferos, seja desligado o motor”, para impedir a rotação da hélice, e que seja imobilizada a porta do leme, para desincentivar as orcas a interagir com as estruturas móveis das embarcações, lê-se na nota divulgada.