“Apagão” no Facebook custa seis mil milhões de dólares a Zuckerberg

A queda das acções em 4,9% fez com que o valor de Mark Zuckerberg descesse para 121,6 mil milhões de dólares. A economia mundial terá perdido mais de 950 milhões de dólares.

Foto
As principais plataformas do Facebook estiveram em baixo durante mais de seis horas na segunda-feira Stephen Lam/Reuters

A riqueza pessoal do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, caiu em mais de seis mil milhões de dólares, após terem sido registados vários problemas nas principais plataformas da empresa tecnológica, na segunda-feira, durante mais de seis horas

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A riqueza pessoal do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, caiu em mais de seis mil milhões de dólares, após terem sido registados vários problemas nas principais plataformas da empresa tecnológica, na segunda-feira, durante mais de seis horas

De acordo com a Bloomberg, Mark Zuckerberg desceu um degrau na lista dos mais ricos do mundo, devido à paralisação global que afectou o Facebook, Messenger, Instagram e WhatsApp.

As acções do gigante tecnológico caíram na segunda-feira 4,9%, somando-se a uma queda de cerca de 15% registada desde meados de Setembro.

A queda das acções, na segunda-feira, fez com que o valor de Mark Zuckerberg descesse para 121,6 mil milhões de dólares, ficando abaixo do fundador da Microsoft, Bill Gates, na quinta posição no índice Bloomberg Billionaires.

Mark Zuckerberg registava 140 mil milhões de dólares em Setembro, segundo o índice.

O “apagão”, que a empresa atribuiu a problemas ocorridos numa mudança de configurações, aconteceu um dia depois de Frances Haugen, de 37 anos, que esteve no Facebook entre 2019 e Maio deste ano, ter acusado a empresa de enganar investidores e escolher o “lucro em detrimento da segurança”.

Em 13 de Setembro, o Wall Street Journal começou a publicar uma série de histórias com base em documentos internos da rede social, revelando que o Facebook tinha conhecimento sobre problemas com os seus produtos — como os malefícios do Instagram à saúde mental em adolescentes e a desinformação sobre o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos da América (EUA).

Os relatórios — relativizados pelo Facebook em público — chamaram a atenção de congressistas e, no domingo, Frances Haugen declarou-se como sendo a denunciante do caso à imprensa.

Em resposta, o Facebook enfatizou que os problemas das suas plataformas, incluindo a polarização política, são complexos e, alertou, não são provocados apenas pela tecnologia. “Penso que dá conforto às pessoas presumir que deve haver uma explicação tecnológica ou técnica para as questões de polarização política nos EUA”, referiu à CNN o vice-presidente de assuntos globais do Facebook, Nick Clegg.

A organização não-governamental NetBlocks, que se dedica à cibersegurança, estima que a economia global tenha perdido 160 milhões de dólares por hora devido à perda de receita do Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp. Segundo a mesma organização, a economia mundial perdeu mais de 950 milhões de dólares, após as mais de seis horas de problemas técnicos na empresa de Mark Zuckerberg.

Em Portugal, os problemas nas plataformas começaram a ser sentidos sensivelmente desde as 16h30 (hora de Lisboa) de segunda-feira, tendo sido retomadas apenas a partir das 23h.