Como 50 edifícios retratam a “brutal transformação” da Baixa do Porto

Três geógrafos e dois arquitectos escreveram um livro sobre as mudanças ocorridas entre 2010 e 2020 na Baixa do Porto. Uma zona da cidade que está “mais desonesta” e onde comércio e habitação perderam protagonismo enquanto o turismo ganhava espaço. E o futuro, o que nos reserva? Ordem dos Arquitectos vai promover um debate sobre o tema

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Livro foi escrito por três geógrafos e dois arquitectos Nelson Garrido

Um geógrafo que trabalhava na Holanda jurava preferir a “disneylização” de Las Vegas a Nápoles, pois não só a pizza era tão boa como a original como existia uma vantagem impagável: não havia italianos. Jorge Ricardo Pinto, também geógrafo, conta a história como “nota de rodapé” ilustrativa da dificuldade em classificar como “bom” ou “mau” determinados aspectos de uma cidade. É, em muito casos, uma questão de gosto. Ou de perspectiva, como completa o arquitecto José Pedro Tenreiro: “Também havia um arqueólogo que dizia ser uma chatice ter gente a viver nos centros históricos, porque não permitia escavações arqueológicas em massa”, graceja.

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Um geógrafo que trabalhava na Holanda jurava preferir a “disneylização” de Las Vegas a Nápoles, pois não só a pizza era tão boa como a original como existia uma vantagem impagável: não havia italianos. Jorge Ricardo Pinto, também geógrafo, conta a história como “nota de rodapé” ilustrativa da dificuldade em classificar como “bom” ou “mau” determinados aspectos de uma cidade. É, em muito casos, uma questão de gosto. Ou de perspectiva, como completa o arquitecto José Pedro Tenreiro: “Também havia um arqueólogo que dizia ser uma chatice ter gente a viver nos centros históricos, porque não permitia escavações arqueológicas em massa”, graceja.