Se ler fosse caminhar, há parágrafos que nos conduziriam a clareiras, pátios secretos, jardins vazios. A lugares que talvez tenham passado desapercebido a outros leitores. De Noites de Brancas de Fiódor Dostoiévski, antes do encontro do narrador com a sua querida Nástienjka, guardo o momento que o primeiro personifica as casas de São Petersburgo. Elas saúdam-no, contam-lhe as novidades, falam-lhe das suas alegrias e sofrimentos. O escritor russo deixa verter, numa ou noutra frase, o receio dos desvarios da arquitectura, mas é o momento infantil, cartoonesco, uma conversa imaginária com a cidade que, alegremente desencaminhado, retenho.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Se ler fosse caminhar, há parágrafos que nos conduziriam a clareiras, pátios secretos, jardins vazios. A lugares que talvez tenham passado desapercebido a outros leitores. De Noites de Brancas de Fiódor Dostoiévski, antes do encontro do narrador com a sua querida Nástienjka, guardo o momento que o primeiro personifica as casas de São Petersburgo. Elas saúdam-no, contam-lhe as novidades, falam-lhe das suas alegrias e sofrimentos. O escritor russo deixa verter, numa ou noutra frase, o receio dos desvarios da arquitectura, mas é o momento infantil, cartoonesco, uma conversa imaginária com a cidade que, alegremente desencaminhado, retenho.