Infarmed suspende venda de quatro lotes de medicamento para deixar de fumar
Decisão do regulador abrange fármaco Champix. Detecção de impurezas acima do valor limite motivou suspensão.
A autoridade nacional do medicamento (Infarmed) mandou suspender esta sexta-feira a venda de quatro lotes do medicamento para ajudar a parar de fumar Champix, por ter sido detectada uma impureza com valores acima do aceitável.
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A autoridade nacional do medicamento (Infarmed) mandou suspender esta sexta-feira a venda de quatro lotes do medicamento para ajudar a parar de fumar Champix, por ter sido detectada uma impureza com valores acima do aceitável.
Os laboratórios Pfizer informaram a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde de que vão “proceder à recolha voluntária dos lotes do medicamento Champix (0,5 mg) + (1 mg), e Champix 1 mg, comprimidos revestidos por película, por ter sido detectada a presença da impureza N-nitrosovareniclina, acima do limite de ingestão diária aceitável, determinado pela Agência Europeia do Medicamento” (EMA, sigla em inglês), adianta o Infarmed numa circular informativa publicada no seu site.
Em causa está o lote n.º 00022509, com validade até 30 de Junho de 2022, de Champix (0,5 mg) + (1 mg), e os lotes de Champix 1 mg com os números 00021871 e 00021975, ambos com validade até 31 de Agosto do próximo ano, e o lote nº 00023335, cujo prazo expira em 21 de Novembro de 2022.
Na circular informativa, o Infarmed alerta as entidades que tenham estes lotes em stock para não os vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.
Aconselha ainda os doentes que estejam a utilizar estes lotes do Champix, medicamento indicado para a cessação tabágica em adultos, a não interromper o tratamento, mas para contactarem “logo que possível” o médico para substituir por outro lote ou um medicamento alternativo.
No final de Junho, o Infarmed também já tinha determinado a suspensão da comercialização de dois lotes deste medicamento, com a validade de 30 de Setembro deste ano, também por terem sido detectados valores elevados da impureza N-nitrosovareniclina acima do limite de ingestão diária aceitável calculado pela Pfizer de 733 nanograma (ng)/dia.