Guilherme Gomes e Cédric Orain falam-nos do silêncio apontando para o lado

Depois de um primeiro encontro no Japão, os dois criadores juntaram-se para criar um espectáculo falado em português e francês que se debruça sobre a linguagem, a sua ausência e o ruído do nosso dia-a-dia. Até 10 de Outubro no D. Maria II.

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O espectáculo constrói-se no intervalo entre a linguagem e o silêncio FILIPE FERREIRA

Nem sempre acertar no alvo significa apontar para o centro. Nem sempre o alvo é aquilo que parece. Para o francês Cédric Orain e o português Guilherme Gomes, dois criadores teatrais europeus que tiveram de viajar até Yokohama, no Japão, para se conhecerem e descobrirem uma especial afinidade nas suas práticas, escrever sobre o silêncio implica não escrever exactamente sobre o silêncio, e não fazer dele o centro do discurso. “Quando queremos muito escrever sobre algo, esse algo dá luta e questiona sempre se estamos a fazê-lo correctamente”, diz Gomes ao PÚBLICO. “Para mim, a ideia de escrever cenas que pedissem silêncio era quase como apontar para o lugar ao lado do silêncio.”

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Nem sempre acertar no alvo significa apontar para o centro. Nem sempre o alvo é aquilo que parece. Para o francês Cédric Orain e o português Guilherme Gomes, dois criadores teatrais europeus que tiveram de viajar até Yokohama, no Japão, para se conhecerem e descobrirem uma especial afinidade nas suas práticas, escrever sobre o silêncio implica não escrever exactamente sobre o silêncio, e não fazer dele o centro do discurso. “Quando queremos muito escrever sobre algo, esse algo dá luta e questiona sempre se estamos a fazê-lo correctamente”, diz Gomes ao PÚBLICO. “Para mim, a ideia de escrever cenas que pedissem silêncio era quase como apontar para o lugar ao lado do silêncio.”