Covid-19: esperança média de vida cai. Estado pode pagar até 15 mil euros às empresas do turismo

As principais notícias desta segunda-feira, dia 27 de Setembro, sobre a evolução da pandemia de covid-19.

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Portugal registou, no domingo, uma morte e 230 novos casos de infecção pelo novo coronavírus Paulo Pimenta

A pandemia fez cair a esperança média de vida em 27 de 29 países analisados por um estudo publicado na revista International Journal of Epidemiology. Em muitos desses territórios, as descidas ultrapassaram as da Segunda Guerra Mundial​.

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A pandemia fez cair a esperança média de vida em 27 de 29 países analisados por um estudo publicado na revista International Journal of Epidemiology. Em muitos desses territórios, as descidas ultrapassaram as da Segunda Guerra Mundial​.

Em 22 países, a esperança de vida desceu mais de seis meses em comparação com 2019. Nos Estados Unidos, por exemplo, a esperança de vida dos homens caiu mais de dois anos. Já em Portugal, a última vez que os homens tiveram perdas como as observadas em 2020 foi mesmo por volta da Segunda Guerra Mundial.

Em 2015, a esperança de vida em Portugal era de 83,87 para as mulheres e 78,03 para os homens. E, em 2019, chegou a subir para 84,48 nas mulheres e 78,69 nos homens. Contudo, em 2020, houve uma descida para 83,79 nas mulheres (menos 0,69) e 77,86 nos homens (menos 0,83).

Numa nota mais esperançosa, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciou esta segunda-feira que as empresas ligadas ao turismo e que queiram adequar a sua oferta vão poder contar com um “incentivo financeiro a fundo perdido aos investimentos a realizar”, que pode ir “até aos 15 mil euros”. Este apoio, intitulado de “Adaptar Turismo”, vai ser lançado nos próximos dias. “A retoma ainda é escassa, mas é certa”, destacou, sublinhando a importância do sector para o país e o facto de a melhoria da actividade surgir quando se está a entrar na época baixa, o que faz com que seja necessário manter os apoios ao sector.

Também o secretário de Estado e Adjunto da Educação, João Costa, garantiu esta segunda-feira que os exames nacionais e as provas de aferição deverão “retomar a normalidade” este ano, incluindo as regras dos exames finais do secundário. “A não ser que tenhamos outra vez — esperemos que não e tudo indica que não — alguma excepcionalidade, o caminho é o da retoma da normalidade também a respeito da avaliação externa”, afirmou.

Isso significa que — além do regresso das provas de aferição e das provas finais de 9.º ano — os exames nacionais do 11.º e 12.º anos deverão voltar a ser obrigatórios para a conclusão do ciclo de ensino, contabilizados para a avaliação interna, e sem o formato excepcional dos últimos dois anos que incluía nas provas um conjunto de perguntas opcionais em que contava a melhor resposta.

Os números divulgados pela Direcção-Geral da Saúde esta segunda-feira trazem boas notícias: há mais de quatro meses, desde 17 de Maio (também uma segunda-feira), que não se registavam tão poucos casos diários. Portugal registou, no domingo, uma morte e 230 novos casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2. Foram também reportadas mais 479 recuperações.

O país contabiliza um total de 17.955 óbitos por covid-19 e 1.067.175 casos confirmados de infecção, desde o início da pandemia. Há mais cinco pessoas hospitalizadas esta segunda-feira (num total de 420). Por outro lado, saíram também quatro pessoas de unidades de cuidados intensivos (num total de 79).

Portugal continua a aproximar-se da área verde da matriz de risco que monitoriza a evolução da situação epidemiológica no país. O índice de transmissibilidade do vírus, o R(t), subiu ligeiramente para 0,85 a nível nacional e para 0,84 no território continental. A incidência, por sua vez, desceu e fixa-se actualmente em 111,6 casos de infecção por 100 mil habitantes, nos últimos 14 dias, em Portugal, valor que sobe para os 113,5 no território continental.

Lá fora, o presidente norte-americano, Joe Biden, tomou esta segunda-feira a terceira dose de reforço contra a covid-19. Ainda nos Estados Unidos, os hospitais de Nova Iorque iniciaram um processo de despedimento ou suspensão de profissionais da saúde que se recusaram a ser vacinados. Na Europa, a Agência Europeia do Medicamento está a avaliar se uma dose de reforço da vacina da Moderna poderia ser administrada pelo menos seis meses após a toma da segunda dose por maiores de 12 anos.