Novo mural em Lisboa sensibiliza para a proteção dos golfinhos do Estuário do Tejo

A obra criada pelo artista urbano EDIS One surgiu depois do lançamento do movimento #probablybetternow.

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Mural incluí um QR Code que dá acesso a uma experiência imersiva Super Bock Group

Nasceu um novo mural de arte urbana em Lisboa, numa parede virada para a Biblioteca de Alcântara, que visa sensibilizar para a necessidade de proteger o Estuário do Tejo e a sua biodiversidade, em particular os golfinhos comuns, anuncia o Super Bock Group em comunicado de imprensa. A obra foi financiada pela Carlsberg e pela ANP (Associação Natureza Portugal)/WWF (World Wildlife Fund) e foi criada após o lançamento, em Julho, do #probablybetternow, um movimento que pretende incentivar a mudança e ajudar a retirar o plástico dos oceanos. 

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Nasceu um novo mural de arte urbana em Lisboa, numa parede virada para a Biblioteca de Alcântara, que visa sensibilizar para a necessidade de proteger o Estuário do Tejo e a sua biodiversidade, em particular os golfinhos comuns, anuncia o Super Bock Group em comunicado de imprensa. A obra foi financiada pela Carlsberg e pela ANP (Associação Natureza Portugal)/WWF (World Wildlife Fund) e foi criada após o lançamento, em Julho, do #probablybetternow, um movimento que pretende incentivar a mudança e ajudar a retirar o plástico dos oceanos. 

O mural com 20 metros de comprimento e 17 de largura é da autoria de EDIS One, um artista que tem usado principalmente o graffiti para chamar a atenção para a preservação de espécies através da série Extinction. Quem olha para o mural repara logo em dois golfinhos, um pintado a branco e outro a castanho, cor que representa a cortiça, um material ecológico que o artista costuma usar nos seus trabalhos em espaços interiores. À volta dos animais, surgem efeitos que simulam um jornal com mensagens associadas ao projecto, ao rio Tejo e à espécie retratada. 

“É importante que todos nós usemos as ferramentas que temos ao nosso alcance com o objectivo de sensibilizar o maior número de pessoas. No meu caso uso o poder que a arte urbana tem e este mural é exemplo disso. Acaba por ser um mural muito especial porque por vezes desenho espécies cuja única interacção que tenho com elas é através de um ecrã. Neste caso, tive o prazer de os ver de perto e sobretudo de os ver no nosso Rio Tejo!”, realça Edis One, citado em comunicado. 

A obra urbana consciencializa para um problema próximo e incorpora, de forma inédita, um QR Code que dá acesso a uma experiência imersiva - onde os golfinhos fazem uma visita guiada ao seu habitat natural -, a mensagens relacionadas com a protecção da espécie e à plataforma do movimento #probablybetternow. Esta experiência, que é a primeira em Portugal com estas dimensões, e a criatividade ficaram a cargo da agência Akt Creative. 

Segundo o Super Bock Group, a Carlsberg e a ANP/WWF pretendem contribuir para uma mudança na sociedade que ajude à conservação da natureza, nomeadamente dos ecossistemas marinhos e da sua biodiversidade. O movimento #probablybetternow, no qual se inclui este mural, materializa-se numa plataforma onde são disponibilizadas iniciativas de voluntariado e ainda num estudo científico cujo resultado será um relatório com um conjunto de recomendações para melhorar a preservação do Estuário do Tejo e das suas espécies, que tem conclusão prevista para Maio de 2022.

O director de marketing do Super Bock Group, Bruno Albuquerque, afirma no comunicado que “só com a colaboração de todos, organizações, empresas e consumidores” é que será possível ver mudanças significativas na sociedade. Refere ainda que o novo mural é “uma fantástica intervenção artística que é ao mesmo tempo um meio de divulgação acerca da necessidade de protegermos os ecossistemas naturais, nomeadamente no que diz respeito ao uso do plástico, que é um material que, quando não é reciclado ou depositado em aterros sanitários, acaba por tornar-se lixo marinho.”

Já Ângela Morgado, directora executiva da ANP/WWF reforça a ideia que “sendo Lisboa uma das únicas capitais europeias com golfinhos à porta, é importante preservar este capital natural, não só pela beleza icónica, como pelo valor ambiental que representa. A directora executiva diz que “de um ponto de vista social mais abrangente”, um dos objectivos da colaboração entre a organização e a Carlsberg é também “aproximar os cidadãos à conservação marinha e valorizar a presença dos golfinhos no Tejo como indicador do bom estado deste Estuário”.

Texto editado por Ana Fernandes