A cegonha-preta é a estrela do Festival de Observação de Aves de Sagres
Mais de 250 actividades num festival com asas: o Festival de Observação de Aves & Actividades de Natureza, em Sagres, decorre de 1 a 5 de Outubro.
A cegonha-preta é “cabeça-de-cartaz da edição deste ano”, anuncia a organização, sem surpresas: é que a ave que dá o corpo ao cartaz do Festival de Observação de Aves & Actividades de Natureza, a senhora Ciconia nigra, é uma atracção residente.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A cegonha-preta é “cabeça-de-cartaz da edição deste ano”, anuncia a organização, sem surpresas: é que a ave que dá o corpo ao cartaz do Festival de Observação de Aves & Actividades de Natureza, a senhora Ciconia nigra, é uma atracção residente.
Quem nunca admirou o seu “vulto negro, de pescoço esticado, a passar bem alto no céu”? Quase toda preta é “mais esquiva do que a cegonha-branca”, explica-se, mas vai decerto alegrar as vistas dos admiradores já que, entre Agosto e Outubro, decorre a sua migração para África, por vezes em bandos que chegam à centena de aves. Mas a cegonha-preta — o projecto Birds on the Move “dará a conhecer o dia-a-dia desta ave emblemática” — será apenas uma das muitas atracções, num programa de cerca de 250 actividades, do evento marcado para decorrer, de 1 a 5 de Outubro, em Sagres.
Sendo grande parte das actividades gratuita, o festival terá como cenários espaços entre o centro da vila e o cabo de S. Vicente, contando com as óbvias sessões para observar aves, tanto em terra como no mar: há saídas de barco para não só apreciar as aves como também os golfinhos.
O programa inclui também workshops de fotografia ou sessões de cozinha ao vivo e visita guiada à lota, mas também outras formas de conhecer a região: Ricardo Soares e apicultores irão dar a conhecer a história de Sagres através da história do mel. Há também caminhadas dedicadas à arqueologia, cultura, geologia, flora e insectos, ou a tertúlia “Aves & vinho” e uma conversa sobre pescadores e aves.
No programa, como sempre, incluem-se sessões essenciais relacionadas com o universo do festival: anilhagem de aves e workshops de construção de caixas-ninho e comedouros para aves. “E, é claro, a sempre comovente devolução à natureza de uma ave reabilitada pelo RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens.”
Para os mais novos há actividades de descoberta da natureza e, particularmente, um conjunto de propostas à volta do livro Os Aventureiros e os Piratas da Falésia, de Isabel Ricardo, que será apresentado no certame e “cuja história se desenrola no festival”.
As inscrições online já encerraram mas, segundo a organização, haverá actividades em que ainda será possível os potenciais participantes inscreverem-se presencialmente a partir de 1 de Outubro (no Forte do Beliche).
Para mais informações e programa completo do festival — organizado pela autarquia de Vila do Bispo em parceria com a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves e a Associação Almargem — é voar para o site oficial.