Ao bater da meia-noite e um minuto de sexta reabre o Clube Village Underground, 18 meses depois
“A primeira noite de clubbing, com pista de dança, sem máscara, sem limite de capacidade nem de horário.” O clube lisboeta, localizado em Alcântara, promete uma noite de festa para celebrar o fim da proibição de dançar logo a partir do primeiro minuto de 1 de Outubro.
“Dançámos dentro da cabeça, sentados, de máscara, constrangidos. Agora chegou a altura de purgar toda a energia cá de dentro e soltá-la no lugar onde mais somos felizes que é na pista de dança do nosso clube.” É assim que, ao fim de 18 meses sem ordem para dançar, se anuncia o regresso da vida nocturna (quase) normal do clube Village Underground que avançou a abertura da pista para o primeiro minuto do dia em que os regulamentos assim o permitirão — ainda assim, ressalve-se, volta-se a dançar a partir de 1 de Outubro, mas com obrigação de apresentação de certificado de vacinação.
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“Dançámos dentro da cabeça, sentados, de máscara, constrangidos. Agora chegou a altura de purgar toda a energia cá de dentro e soltá-la no lugar onde mais somos felizes que é na pista de dança do nosso clube.” É assim que, ao fim de 18 meses sem ordem para dançar, se anuncia o regresso da vida nocturna (quase) normal do clube Village Underground que avançou a abertura da pista para o primeiro minuto do dia em que os regulamentos assim o permitirão — ainda assim, ressalve-se, volta-se a dançar a partir de 1 de Outubro, mas com obrigação de apresentação de certificado de vacinação.
Na noite de quinta para sexta, “quando bater no relógio a meia-noite e um minuto” de 1 de Outubro, o Village Underground, “vila de criatividade, arte e cultura em Alcântara”, ao lado do Lx Factory, “vai reabrir as portas do clube”.
“Ao longo de 18 meses conseguimos manter a música a soar no nosso espaço (excepto nos momentos de confinamento) e sempre respeitando todas as restrições de lotação, horário e o facto de ter sido proibido dançar”, explica à Fugas Mariana Duarte Silva, co-fundadora do Village Underground. “Mais do que resiliência, foi militância e um acreditar profundo na vontade do público em estar connosco e dos artistas em continuar a actuar mesmo que dentro do limite imposto”, acrescenta.
É a “primeira noite de clubbing, com pista de dança, sem máscara, sem limite de capacidade [tirando a lotação normal do espaço] nem de horário, desde que encerrámos há 18 meses”. A dar música às hostes estará a prata da casa: o anfitrião Gustavo Rodrigues, que deverá “actuar até às 6h da madrugada de sexta-feira”.
O clube, que tem uma lotação de 420 pessoas, sublinha nas suas comunicações e anúncios que “para entrar é obrigatório apresentar certificado digital (com vacinação ou testagem em dia)”.
“A expectativa é grande e com alguma incerteza de como as pessoas vão encarar a pista e esta liberdade que lhes é devolvida”, escreve Mariana Duarte Silva. “Esperemos que a agarrem, com respeito por si próprios e pelos outros.”
O clube de Alcântara localiza-se a cerca de dois quilómetros da zona de Santos, onde, na semana passada, para evitar ajuntamentos, os estabelecimentos passaram a encerrar três horas mais cedo do que o habitual, entre quinta e domingo, às 23h. Para outros pontos alfacinhas de grande afluência noctívaga, como Bairro Alto e Cais do Sodré, foi também anunciado o reforço de policiamento.