Rendas dispararam 11,5% no segundo trimestre
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, entre Março e Junho deste ano foram celebrados 20.568 novos contratos de arrendamento, um aumento de quase 50%.
Entre Março e Junho deste ano, o número de contratos de arrendamento disparou, mas o valor das rendas também.
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Entre Março e Junho deste ano, o número de contratos de arrendamento disparou, mas o valor das rendas também.
De acordo com as estatísticas divulgadas nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no segundo trimestre de 2021, a renda mediana dos 20.568 novos contratos de arrendamento celebrados em Portugal atingiu 6,03 euros/m2, um valor que representa uma variação homóloga de +11,5% no país, e que significa um incremento assinalável face à variação observada no trimestre anterior (+5,3%).
É também assinalável o facto de o número de novos contratos de arrendamento ter registado um aumento acentuado face ao segundo trimestre de 2020, de mais 49,3%, sobretudo se pensarmos que se tratou de um período em que a pandemia de covid-19 ainda condicionava significativamente os movimentos dos cidadãos. A variação do número dos novos contratos de arrendamento é também positiva face ao primeiro trimestre, com um crescimento de 3% (tinha tido uma variação negativa de 9,3% no trimestre anterior).
De acordo com o INE, a renda mediana aumentou em 20 das 25 sub-regiões analisadas, salientando-se com os maiores crescimentos homólogos a sub-região do Oeste (+12,3%), região de Aveiro (+11,9%), Região Autónoma da Madeira (+11,3%) e Área Metropolitana do Porto (+10,2%).
As rendas mais elevadas registaram-se na Área Metropolitana de Lisboa (8,82 euros/m2), Algarve (6,96 euros/m2 ), Área Metropolitana do Porto (6,40 euros/m2 ) e Região Autónoma da Madeira (6,32 euros/m2 ).
Em todos os 24 municípios com mais de cem mil habitantes houve um aumento do número de contratos de arrendamento, e aqueles em que houve maior variação homóloga, como o Porto com 115,9%, Lisboa com 87,7% e Oeiras com 87%, são também municípios onde houve uma variação negativa da mediana do valor da renda, respectivamente com -0,2%, -3,2% e -0,8%. Os municípios que registaram maior variação no valor das rendas foram Cascais, que aumentou 6,9% e a renda já custa 10,69 euros/m2, e Almada, que aumentou 11,3% e custa agora 8,59 euros/m2. A Amadora registou uma taxa nula.
Ainda segundo o INE, no segundo trimestre de 2021 todos os municípios com mais de cem mil habitantes das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto registaram rendas medianas superiores à média nacional – as excepções que confirmam a regra são os municípios de Santa Maria da Feira e Gondomar, ambos na Área Metropolitana do Porto. O metro quadrado de renda em Santa Maria da Feira custa 4,15 euros/m2 e em Gondomar 5,59 euros/m2.
O município onde as rendas são mais caras no país continua a ser Lisboa, com um valor mediano de 11 euros/m2 (valor de que Cascais se aproxima rapidamente, com 10,69 euros/m2). O município onde o arrendamento é mais barato é Belmonte, onde o valor mediano dos novos contratos de arrendamento é de 2 euros/m2.