Liverpool voltou a ser a “kryptonite” do Dragão

Sem Pepe e Mbemba, o FC Porto esteve muito permeável defensivamente e acabou goleado por 5-1 na segunda jornada do Grupo B da Liga dos Campeões.

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LUSA/JOSÉ COELHO

As contrariedades para o FC Porto foram muitas e começaram ainda antes do início da partida com a lesão de Pepe, mas, mais uma vez, o Liverpool de Jurgen Kloop apenas vai levar da cidade do Porto boas recordações. Mudando alguns jogadores, mas mantendo na íntegra a filosofia de jogo que tinha em 2018 e 2019, quando sob o comando do treinador alemão goleou na casa dos portistas, a equipa inglesa dominou por completo o FC Porto na segunda jornada do Grupo B da Liga dos Campeões, vencendo de forma clara e justa, por 5-1.

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As contrariedades para o FC Porto foram muitas e começaram ainda antes do início da partida com a lesão de Pepe, mas, mais uma vez, o Liverpool de Jurgen Kloop apenas vai levar da cidade do Porto boas recordações. Mudando alguns jogadores, mas mantendo na íntegra a filosofia de jogo que tinha em 2018 e 2019, quando sob o comando do treinador alemão goleou na casa dos portistas, a equipa inglesa dominou por completo o FC Porto na segunda jornada do Grupo B da Liga dos Campeões, vencendo de forma clara e justa, por 5-1.

A cerca de uma hora de o russo Karasev apitar para o início do segundo jogo de FC Porto no Grupo B da Liga dos Campeões 2021/22, o anúncio do “onze” dos “azuis e brancos” terá feito muitos portistas respirar de alívio.

Para defrontar um rival que, pela mobilidade e qualidade do seu trio de avançados (Salah, Jota e Mané), ataca de forma desconcertante, Sérgio Conceição já sabia que não iria contar com a habitual fiabilidade de Mbemba, expulso nos últimos minutos da jornada inaugural da prova, mas a maior dor de cabeça para o técnico estava na possível indisponibilidade de Pepe.

A ausência do internacional português obrigaria, admitiu Conceição, a utilizar um “plano B” para defrontar o Liverpool: “Vai ser até à última a ver se o conseguimos recuperar. Pode interferir na nossa postura em campo e na estratégia para o jogo.”

Pepe, para alívio (temporário) de Conceição, ainda entrou em campo para aquecer, mas a meia dúzia de minutos do arranque do jogo, chegou a confirmação que quando o Liverpool de Klopp joga no Dragão, quase tudo corre mal para o FC Porto: Pepe não estava com condições físicas para jogar e Fábio Cardoso iria estrear-se a titular.

Se no centro da defesa o treinador do FC Porto jogou com as armas que tinha, para as laterais Conceição tinha uma surpresa. Mesmo defrontando um dos favoritos a vencer a Champions, que tinha marcado nove golos nos últimos dois jogos no Dragão, o técnico completou o quarteto defensivo com Corona à direita e Zaidu na esquerda. Com dois centrais sem rotinas, o FC Porto jogava com laterais com poucas aptidões defensivas. O Liverpool agradeceu.

Claramente mais confortáveis, em contraponto com uma equipa “azul e branca” que desde o minuto 1 mostrou pouca confiança, os “reds” rapidamente assumiram o controlo do jogo no Dragão e fizeram o que poucos conseguem: colocar os portistas a correrem atrás da bola.

Mesmo sem colocar muita intensidade, o Liverpool encontrava facilidade para chegar com a bola controlada perto da baliza do FC Porto e, para confirmar que a presença dos “reds” no estádio dos portistas não augura nada de positivo para os “dragões”, aos 14’ Otávio, com problemas musculares, teve que ser substituído por Fábio Vieira.

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Um par de minutos depois, com os portuenses ainda a reajustar a estratégia, as debilidades defensivas do FC Porto começaram a vir a nu: Jones rematou para uma defesa apertada de Diogo Costa, as dificuldades técnicas de Zaidu impediram o nigeriano de cortar a bola e Salah, de forma fácil, colocou o Liverpool a ganhar.

A desvantagem acentuou os problemas dos portistas. Incapaz de se adaptar ao estilo de jogo dos “reds”, algo já visto em 2018 e 2019, o FC Porto não conseguia retirar a bola aos ingleses e Alisson continuou a ter uma noite tranquila.

Aos 43’, com uma excelente defesa, Diogo Costa ainda manteve a diferença na margem mínima, mas, em cima do intervalo, voltou a ser tudo fácil para o Liverpool: Milner cruzou e, perante a passividade absoluta da defesa “azul e branca”, bola chegou a Mané que se limitou a empurrar para o fundo da baliza.

A perder por 0-2 e com números ao intervalo que reflectiam a superioridade inglesa (64% de posse de bola e 11-3 em remates para o Liverpool), o FC Porto regressou para a segunda parte sem qualquer alteração e o Liverpool não foi meigo.

Tal como tinha acontecido em 2018 e 2019, quando os ingleses golearam no “Dragão” por 5-0 e 4-1, na segunda parte, com mais espaço e menos fulgor do lado portista, as oportunidades para o Liverpool sucederam-se, e, após um par de boas defesas de Diogo Costa, Salah voltou a marcar num lance com responsabilidades para Sérgio Oliveira.

A partir daí, Klopp começou a pensar na Premier League (saíram Salah, Mané e Henderson) e, aos 75’, Taremi ainda deu esperança aos portistas após uma grande jogada de Fábio Vieira, mas dois minutos depois foi a vez de Diogo Costa incluir o seu nome na lista de coleccionador de erros e Firmino acabou com o jogo (1-4).

Havia, no entanto, ainda mais de uma dezena de minutos para jogar e para confirmar que o Liverpool é a “kryptonite” do Dragão: aos 83’ Firmino bisou, fechou as contas em 5-1, e fez o 14.º golo dos “reds” nos últimos três jogos na casa dos portistas.