Francisco George diz que covid-19 pode vir a ser erradicada. Municípios vão analisar futuro uso dos centros de vacinação
As principais notícias deste sábado, dia 25 de Setembro, sobre a evolução da pandemia de covid-19.
O especialista em saúde pública Francisco George admite que o vírus que provoca a doença covid-19 venha a ser erradicado, porque há hoje meios para tal, mas recusa projectar uma data. Em entrevista à Agência Lusa, reconheceu que o mundo não prestou atenção ao surgimento de outras doenças emergentes nos últimos 40 anos e que, por isso, falhou na preparação do combate a pandemias como esta da covid-19.
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O especialista em saúde pública Francisco George admite que o vírus que provoca a doença covid-19 venha a ser erradicado, porque há hoje meios para tal, mas recusa projectar uma data. Em entrevista à Agência Lusa, reconheceu que o mundo não prestou atenção ao surgimento de outras doenças emergentes nos últimos 40 anos e que, por isso, falhou na preparação do combate a pandemias como esta da covid-19.
O médico e antigo director-geral da Saúde considera que ainda é cedo para se perceber o que se vai passar com o novo coronavírus mas admite: “Há ferramentas e meios que a ciência hoje disponibiliza que podem vir a controlar e eliminar o vírus”. “É possível que isso venha a acontecer. Ninguém pode dizer que nunca nos libertaremos deste vírus. Mas também ninguém pode dizer que nos vamos libertar do vírus dentro de pouco tempo”, afirma.
O vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) considera que é tempo de deixar que os espaços que têm servido de centros de vacinação contra a covid-19 “regressem à actividade normal”.
Em reacção à decisão de aproveitar os actuais centros de vacinação contra a covid-19 para a vacinação contra a gripe, confirmada ao PÚBLICO pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, Ribau Esteves disse este sábado que, tendo em conta o avanço de Portugal para a terceira fase de desconfinamento e a procura pela normalidade, “faz todo o sentido que sejam as estruturas do Ministério da Saúde que voltem a ser usadas para a vacinação”. O PÚBLICO questionou o ministério, mas não obteve resposta até ao momento.
Salientando que ainda “ninguém responsável” – seja do Governo, do Ministério da Saúde ou da task force de coordenação da vacinação – falou sobre a medida com a Câmara de Aveiro, que preside, ou com a ANMP, o dirigente desta associação disse ao PÚBLICO que espera que o assunto seja tratado “no quadro da normal cooperação institucional entre entidades do Estado”. Aguarda, por isso, que o Governo converse com as autarquias depois das eleições para que seja definido o rumo a seguir, garantindo que vai levar o tema ao Conselho Directivo da ANMP, que se reúne na terça-feira em Coimbra, isto caso o Governo não faça “nenhuma diligência”.
Agora, os números do dia: Portugal registou, na sexta-feira, cinco mortes devido à covid-19 e 713 novas infecções, de acordo com o boletim da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgado neste sábado. Desde o início da pandemia, em Março de 2020, o país soma 1.066.346 casos confirmados e 17.952 vítimas mortais.
Há menos dois doentes hospitalizados em Portugal em relação ao balanço anterior, num total de 408. Destes, 83 estão em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais sete.
O Governo de Macau ordenou este sábado o encerramento das escolas e das instituições de ensino superior, na sequência de dois casos positivos em funcionários de um hotel para quarentenas no território.
Em comunicado, a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) indicou ter exigido o encerramento a partir deste sábado “de todas as actividades e de todos os cursos realizados presencialmente, bem como o cancelamento ou adiamento de visitas ao exterior e outras, e o encerramento temporário das instalações de ensino”.