Taxa de abstenção pode ter ficado entre 45% e 50%, revelam projecções — um dos valores mais altos de sempre
Se estes valores se confirmarem, a taxa de abstenção terá atingido um dos valores mais altos desde que se realizou a primeira ida às urnas, em 1976.
As primeiras projecções sobre a taxa de abstenção nas eleições autárquicas indicam que esta terá ficado entre 45% e 50%, revelaram a RTP e a SIC. Se estes valores se confirmarem, a taxa de abstenção terá atingido um dos valores mais altos desde que se realizou a primeira ida às urnas, em 1976. Nas últimas eleições, em 2017, a taxa de abstenção ficou em 45% e, em 2013, foi de 47,4%. Os resultados provisórios agora conhecidos confirmam a tendência constatada ao longo do dia, quando a afluência observada foi sendo menor do que há quatro anos.
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As primeiras projecções sobre a taxa de abstenção nas eleições autárquicas indicam que esta terá ficado entre 45% e 50%, revelaram a RTP e a SIC. Se estes valores se confirmarem, a taxa de abstenção terá atingido um dos valores mais altos desde que se realizou a primeira ida às urnas, em 1976. Nas últimas eleições, em 2017, a taxa de abstenção ficou em 45% e, em 2013, foi de 47,4%. Os resultados provisórios agora conhecidos confirmam a tendência constatada ao longo do dia, quando a afluência observada foi sendo menor do que há quatro anos.
As urnas já fecharam em Portugal continental e na Madeira. Nos Açores ainda se vota, pelo que as primeiras projecções de resultados surgirão apenas às 21h.
O dirigente comunista António Filipe considerou este domingo que as primeiras projecções sobre a abstenção são semelhantes a eleições autárquicas anteriores e que a pandemia poderá justificar esta afluência. “Apesar de a pandemia poder ter tido algum efeito de aumento da abstenção nestas eleições, quer-nos parecer que isso será incontornável, não há aqui um facto novo em relação à abstenção. Ela mantém-se mais ou menos em linha com o que aconteceu nos últimos atos eleitorais, quer no último, quer no penúltimo, há oito anos”, sustentou o deputado e membro do Comité Central do PCP.
Já o BE considerou que as projecções da abstenção nas autárquicas responsabilizam “todas as forças políticas” para uma renovação das políticas públicas” locais, afirmando que os números seriam piores caso as restrições às listas de independentes tivessem avançado. Coube ao eurodeputado e dirigente do BE José Gusmão um primeiro comentário a estas projecções, a partir do Capitólio, em Lisboa. “Este valor responsabiliza todas as forças políticas para promover uma renovação das políticas públicas a nível local, para reforçar os mecanismos de participação, num poder local em que eles são muito variáveis, em muitos casos com muita opacidade e puxar pela participação de mais cidadãos nas eleições autárquicas”, defendeu.
Até às 16h deste domingo, a taxa de afluência às urnas para as eleições autárquicas foi de 42,34%, um valor que fica ligeiramente abaixo do registado nas últimas eleições autárquicas, segundo dados da Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (MAI). Em 2017, à mesma hora, registava-se uma taxa de afluência de 44,39%. Até às 12h, a taxa de afluência foi de 20,94%, um valor que também ficou abaixo do registado nas últimas eleições autárquicas (22,05%).
De acordo com os dados do MAI, mais de 9,3 milhões de eleitores puderam participar na eleição do presidente da câmara, presidente da Assembleia da Assembleia Municipal e do executivo da Junta de Freguesia. Esta foi a 13.ª vez que os portugueses elegeram os autarcas em 47 anos de democracia.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) estima que tenham sido apresentadas, no total, cerca de 12.370 listas candidatas, das quais cerca de 1035 são de grupos de cidadãos eleitores. Serão eleitos os presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal dos 308 municípios do país e os 3091 presidentes e executivos das Juntas de Freguesia (na ilha do Corvo, nos Açores, o concelho com menos eleitores, o executivo municipal desempenha também as competências atribuídas à freguesia). Com Lusa