Luís Montenegro quer PSD a refletir depois das autárquicas, “ a começar pelo presidente”

O antigo líder parlamentar do PSD defendeu que o PSD vai a jogo para ganhar nas autárquicas.

Foto
Luís Montenegro participou também em várias iniciativas de campanha em seis concelhos do país LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro defendeu que o PSD vai a jogo para ganhar nas autárquicas e que, depois de domingo, a direcção terá que fazer uma reflexão na qual não se exime de participar.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro defendeu que o PSD vai a jogo para ganhar nas autárquicas e que, depois de domingo, a direcção terá que fazer uma reflexão na qual não se exime de participar.

“O PSD é daquelas equipas que quando entra em campo é para ganhar”, afirmou Luís Montenegro, considerando que um bom resultado para o partido, nas eleições autárquicas de domingo, é “ganhar qualquer junta, qualquer câmara em que é candidato”.

Para Luís Montenegro, depois das eleições de domingo, nas semanas seguintes será tempo de todos “fazerem uma reflexão, a começar pelo presidente do partido [Rui Rio] e pela sua direcção nacional e a continuar por todos os outros que não estando nos órgãos nacionais têm a responsabilidade de contribuir para a afirmação do projecto político”.

À Lusa, Montenegro afirmou que, mesmo não estando no activo, não se irá “eximir naturalmente de participar nessa reflexão, e depois as decisões serão tomadas de acordo com os resultados dessa reflexão”.

Recusando “reflectir antes do tempo”, Luís Montenegro considerou que o tempo era de “política concreta” e de contactos com as pessoas até ao último minuto”, tarefa que o levou a Caldas da Rainha para participar numa acção de campanha do candidato Fernando Tinta Ferreira à Câmara das Caldas da Rainha, onde o PSD governa desde 1976, com excepção de um mandato em que a autarquia foi liderada pelo CDS.

Dizendo-se “única e exclusivamente concentrado nas eleições autárquicas e nos candidatos”, Montenegro enviou “uma saudação muito calorosa” a todos os que “se disponibilizaram para envergar a camisola do PSD, muitos deles sem serem militantes”, bem como ao presidente do partido, Rui Rio.

“Temos que reconhecer que houve, nas últimas semanas, um esforço grande de acompanhamento das candidaturas e, portanto, de enriquecimento daquilo que são os potenciais de esclarecimento dos eleitores com vista a podermos ter melhores resultados no domingo”,disse sublinhando que é nos momentos eleitorais, em que o partido defronta “batalhas externas, que os militantes devem estar mais unidos.

 E “mesmo nas alturas não eleitorais”, defendeu a ideia de que "possa também prevalecer” o companheirismo, “independentemente das opções e das diferenças de opinião a propósito da estratégia, de decisões e de opções”.

Montenegro afirmou ter-se habituado a ver o PSD “sempre como o maior partido do poder local” em Portugal, “a liderar a Associação Nacional de Freguesias e a Associação Nacional de Municípios”, vincando como “fundamental” para esta força política, “crescer, ter o maior número de câmaras e se possível tornar a liderar estas duas instituições”. Além da acção nas Caldas das Rainha Luís Montenegro participou também em várias iniciativas de campanha em seis concelhos do país.