Mulher que acusou Cuba Gooding Jr. de violação concordou com o anular da sentença de responsabilidade
O actor norte-americano, que ganhou um Óscar em 1997 e participou ainda na série The People v. O.J. Simpson, mantém a declaração de inocente e pediu a anulação da sua condenação, depois de não ter comparecido em tribunal.
O caso remonta a 2013. Segundo a mulher que não quer ser identificada e apenas se intitula por Jane Doe no processo judicial, o actor norte-americano Cuba Gooding Jr. violou-a por duas vezes, num quarto de hotel em Nova Iorque. Em 2020, as acusações chegaram a tribunal e, já na altura, foram rejeitadas pela defesa do actor. Porém, o veredicto, conhecido em Julho de 2021, responsabilizava o actor, depois de este não ter comparecido em tribunal.
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O caso remonta a 2013. Segundo a mulher que não quer ser identificada e apenas se intitula por Jane Doe no processo judicial, o actor norte-americano Cuba Gooding Jr. violou-a por duas vezes, num quarto de hotel em Nova Iorque. Em 2020, as acusações chegaram a tribunal e, já na altura, foram rejeitadas pela defesa do actor. Porém, o veredicto, conhecido em Julho de 2021, responsabilizava o actor, depois de este não ter comparecido em tribunal.
Agora, o arguido pediu aos juízes norte-americanos a anulação da responsabilidade, depois de a própria vítima ter concordado que a não comparência do acusado foi involuntária. Segundo um relatório divulgado esta semana pelo Tribunal Federal de Manhattan, Gooding só teve conhecimento das queixas feitas por Jane Doe a 3 de Agosto, cinco dias depois de o juiz da comarca de Nova Iorque Sul, Paul Crotty, ter deliberado sobre o caso.
Edward Sapone, o advogado do actor, argumentou que a papelada referente ao processo judicial, que obrigava o acusado a pagar à vítima seis milhões de dólares (5,11 milhões de euros) por danos físicos e morais, foi enviado para uma morada em que vivia, não Gooding Jr., mas a sua namorada, sendo que o porteiro do condomínio não aceitou o correio.
“Ninguém me informou da convocatória do tribunal nem das queixas judiciais de que era alvo”, defendeu-se Gooding Jr., numa declaração escrita. “Apesar de respeitar a queixosa e os seus advogados, nego as acusações e espero conseguir defender-me”, acrescentou.
Gloria Allred, que faz parte da equipa legal que representa Jane Doe, afirmou num e-mail que a sua cliente estava disposta a testemunhar outra vez contra o actor, caso o tribunal anulasse o incumprimento deste.
A autora da queixa, porém, continua a garantir que as acusações de violação são reais, pormenorizando que o incidente ocorreu no Hotel Mercer, em Manhattan, Nova Iorque, depois de se terem conhecido num restaurante na zona de Greenwich Village. Mais: assegura que Gooding conduziu-a para o seu quarto de hotel, depois de lhe ter dito que precisava de mudar rapidamente de roupa, acabando por forçá-la a deitar-se na cama, violando-a. A agressão, relata a queixosa, repetiu-se até ter conseguido escapar. Até esse momento, a mulher pediu diversas vezes para que ele parasse.
No último relatório judicial referente ao caso, a defesa do acusado afirmou que tanto Gooding como outras duas testemunhas estão disponíveis para comprovar que não houve qualquer violação.
Este não é, porém, o primeiro processo em tribunal em que o actor norte-americano se vê envolvido. Já em 2019, Gooding defendeu a sua inocência depois de ser acusado de assediar e apalpar, sem consentimento, três mulheres em momentos diferentes.