Bares e discotecas do Porto pedem reposição imediata de apoios

Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto destaca que, apesar das promessas do Governo acerca dos apoios aos estabelecimentos de diversão nocturna, “desde o início do ano não chegou um único euro às empresas do sector”.

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Bares e discotecas do Porto pedem reposição imediata de apoios Rui Oliveira

O presidente da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto (ABDMP) pediu esta sexta-feira ao Governo que cumpra “de imediato” a promessa de repor os apoios aos estabelecimentos de diversão nocturna, que diz estarem suspensos desde Janeiro.

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O presidente da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto (ABDMP) pediu esta sexta-feira ao Governo que cumpra “de imediato” a promessa de repor os apoios aos estabelecimentos de diversão nocturna, que diz estarem suspensos desde Janeiro.

“Por mais que o Governo anuncie que os apoios vão ser repostos, o certo é que desde o início do ano não chegou um único euro às empresas do sector”, afirmou Miguel Camões.

Em declarações à agência Lusa, o dirigente da estrutura que representa seis dezenas de bares e discotecas do Porto, acrescentou: “Esperamos que isso possa ser corrigido no imediato, porque nem estamos a falar de novos apoios. Estamos a falar dos apoios que existem e que, de facto, não chegam à nossa tesouraria. São-nos prometidos constantemente, mas depois, na prática, não chegam”.

Comentando a decisão governamental de permitir a reabertura de estabelecimentos de diversão nocturna a partir de 1 de Outubro, Miguel Camões disse ter encarado “com muito agrado as declarações do primeiro-ministro”, sublinhando que essas declarações estão na linha do que a ABDMP esperava.

“Algumas medidas, nós já as defendíamos e já podiam ter sido tomadas mais cedo, nomeadamente as referentes a horários. Há muito tempo que não compreendemos essas limitações de horários, mas, dentro do geral, [o que António Costa anunciou] vai dentro do que eram as nossas expectativas e do que foi também prometido pelo Governo há dois meses. Ou seja, que quando atingíssemos 85% da população vacinada, os bares e as discotecas abririam com normalidade”, declarou.

Face à decisão, disse Miguel Camões, é “a ocasião de perceber o que é que os espaços, alguns deles já encerrados há 18 meses, precisam para voltar à sua normalidade, em termos de manutenção e recursos humanos. Temos pela frente uma semana muito dura para que as casas possam reabrir a partir do dia 1 de Outubro”.

Para o dirigente da ABDMP, o tempo é de voltar à normalidade pré-pandémica.

“Sentimos que, de uma maneira geral, as pessoas têm vontade de sair e de conviver. Alguns hábitos foram-se alterando neste entretanto, mas, de uma maneira geral, estamos todos com muita esperança de regressarmos à normalidade pré-pandemia”, afirmou.

Os espaços de diversão nocturna, encerrados desde Março de 2020 devido à pandemia de covid-19, podem reabrir a partir de 1 de Outubro para clientes com certificado digital, anunciou na quinta-feira o primeiro-ministro.

Em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, António Costa referiu que aqueles estabelecimentos podem abrir no início de Outubro para clientes com certificado digital, sem fazer referência à possibilidade de entrada nestes espaços mediante a apresentação de teste negativo à covid-19.

O comunicado do Conselho de Ministros indica, no entanto, que para a entrada em bares e discotecas é “necessário certificado ou teste negativo”, tal como para viagens por via aérea ou marítima, visitas a lares e estabelecimentos de saúde e grandes eventos culturais, desportivos ou corporativos.

O documento do Governo não especifica o tipo de teste que é necessário apresentar.

A covid-19 provocou pelo menos 4.715.909 mortes em todo o mundo, entre mais de 230 milhões infecções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde Março de 2020, morreram 17.938 pessoas e foram contabilizados 1.064.876 casos de infecção, segundo dados da Direcção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e actualmente com variantes identificadas em vários países.