Covid-19: Costa prepara novo alívio de restrições. UE e EUA querem atingir taxa global de vacinação de 70% até 2022

As principais notícias desta quarta-feira, dia 22 de Setembro, sobre a evolução da pandemia de covid-19.

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António Costa prepara novo alívio de restrições Paulo Pimenta

O primeiro-ministro prepara-se para anunciar, na quinta-feira, o levantamento de um conjunto de restrições que vigoraram por causa da covid-19, com efeitos a partir de 1 de Outubro. Na véspera do Conselho de Ministros que deverá introduzir um dos maiores alívios de restrições dos últimos meses, a ideia no executivo é falar-se em “momento de viragem”, ou “momento de confiança”, mas evitar-se a importação de slogans britânicos como “Dia da libertação”.

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O primeiro-ministro prepara-se para anunciar, na quinta-feira, o levantamento de um conjunto de restrições que vigoraram por causa da covid-19, com efeitos a partir de 1 de Outubro. Na véspera do Conselho de Ministros que deverá introduzir um dos maiores alívios de restrições dos últimos meses, a ideia no executivo é falar-se em “momento de viragem”, ou “momento de confiança”, mas evitar-se a importação de slogans britânicos como “Dia da libertação”.

“Estamos em vias de um momento de viragem, não porque a covid-19 desapareça, mas porque, graças à vacinação, pode considerar-se a pandemia controlada”, declarou António Costa.

Este levantamento de restrições – previsto na fase três do plano do Governo – acontece num momento em que Portugal se aproxima de ter 85% da população vacinada, regista uma trajectória sólida de descida da taxa de incidência de infecções (actualmente em 137,4 casos por 100 mil habitantes) e em que a taxa de transmissão se encontra abaixo de 1, mais precisamente em 0,82.

Portugal deverá, aliás, atingir a meta dos 85% de população totalmente vacinada nos últimos dias deste mês, estima o coordenador da task force da vacinação contra a covid.

“Vamos chegar aos 85% de população com a vacinação completa se não for no fim-de-semana, na segunda ou terça-feira”, disse ao PÚBLICO o vice-almirante Gouveia e Melo, acrescentando que se vai manter a capacidade de vacinação como está, embora o ritmo seja agora menor.

O país continua a ocupar o primeiro lugar no mundo em termos de população completamente vacinada, depois de ter ultrapassado Malta na semana passada. No entanto, em Portugal e noutros países bem colocados na corrida da imunização, o estado avançado de vacinação não é de imediato sinónimo de medidas menos severas.

De acordo com os dados da Blavatnik School of Government da Universidade de Oxford, que são utilizados para produzir alguns gráficos do site Our World In Data, Portugal é, nesta altura, um dos dez países da União Europeia (UE) com maior pontuação no índice de severidade (Government Stringency Index), com 52,78 na última actualização para o país.

Portugal registou mais oito mortes por covid-19 e 891 casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2, segundo o boletim divulgado nesta quarta-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), referente à totalidade do dia de terça-feira. Desde o início da pandemia, Portugal soma 17.933 óbitos atribuídos ao novo coronavírus em 1.063.991 infecções identificadas.

Existem 31 surtos activos de covid-19 em estabelecimentos de ensino, nomeadamente creches, jardins-de-infância e centros de actividades de tempos livres, segundo os dados da DGS. Um número muito inferior ao registado no início deste ano, quando os surtos activos ascendiam a 190. No total, Portugal contabiliza 184 surtos, com 1915 casos confirmados acumulados.

O Presidente dos Estados Unidos anunciou a doação de mais 500 mil vacinas contra a covid-19 da Pfizer-BioNtech para países de baixos e médios rendimentos, que se vão juntar ao meio bilião de doses que já tinha prometido antes da cimeira do G7, em Junho.

Joe Biden, que anunciou a formação de uma parceria para as vacinas com a União Europeia, espera que se consiga vacinar 70% da população mundial até ao início da Assembleia Geral da ONU do próximo ano – uns meses depois do que era a meta da OMS. A Amnistia Internacional lançou esta quarta-feira o desafio de se conseguir entregar dois mil milhões de vacinas aos países mais pobres até ao final do ano, ou seja, nos últimos 100 dias de 2021.

De acordo com dados divulgados esta quarta-feira pela Universidade Johns Hopkins, a covid-19 já fez 4,7 milhões de vítimas mortais em 229,9 milhões de casos identificados em todo o mundo.