Começamos com um cenário distópico, um mundo à Black Mirror, ou seja, próximo o suficiente para reconhecermos aquele futuro como credível, mas distante o necessário para não nos afogarmos no terror que implica aquele “hello loneliness, goodbye compassion”, aquele cenário em que, isolados uns dos outros, vivos apenas nos aparelhos tecnológicos que servem de simulacro de vida, guiados e controlados por poderes que exigem total eficiência, zero atrito, crueldade burocrática levada à sua última consequência — não só os produtos são descontinuados, também o são as pessoas —, nos rendemos ao mandamento geral: “things had to be done and there was nothing else we could do”.
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Começamos com um cenário distópico, um mundo à Black Mirror, ou seja, próximo o suficiente para reconhecermos aquele futuro como credível, mas distante o necessário para não nos afogarmos no terror que implica aquele “hello loneliness, goodbye compassion”, aquele cenário em que, isolados uns dos outros, vivos apenas nos aparelhos tecnológicos que servem de simulacro de vida, guiados e controlados por poderes que exigem total eficiência, zero atrito, crueldade burocrática levada à sua última consequência — não só os produtos são descontinuados, também o são as pessoas —, nos rendemos ao mandamento geral: “things had to be done and there was nothing else we could do”.