Gillian Flynn e Lena Waithe num novo papel: o de editoras da Zando

Uma nova editora independente nasceu nos Estados Unidos pela mão de Molly Stern, que editou sucessos como o livro de Michele Obama, e que para descobrir e lançar novos autores contratou como editoras a autora de Gone Girl e a argumentista premiada com um Emmy por um episódio de Master of None.

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A actriz, argumentista e produtora Lena Waithe Getty Images/Getty Images for EIF & XQ

A Zando poderia ser mais uma nova editora independente a nascer nos Estados Unidos, mas a verdade é que ainda não publicou nenhum livro e já está a dar que falar. Esta terça-feira foi anunciado pelo The New York Times que a escritora Gillian Flynn, autora do best-seller mundial Gone Girl, que foi adaptado ao cinema por David Fincher com Ben Affleck e Rosamund Pike, e a actriz, argumentista e produtora Lena Waithe — que ganhou um Emmy pela escrita de Thanksgiving, um episódio da segunda temporada de Master of None também interpretado por ela, sobre uma mulher negra lésbica a assumir-se perante a família — foram contratadas como editoras da Zando e terão a seu cargo chancelas próprias.

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A Zando poderia ser mais uma nova editora independente a nascer nos Estados Unidos, mas a verdade é que ainda não publicou nenhum livro e já está a dar que falar. Esta terça-feira foi anunciado pelo The New York Times que a escritora Gillian Flynn, autora do best-seller mundial Gone Girl, que foi adaptado ao cinema por David Fincher com Ben Affleck e Rosamund Pike, e a actriz, argumentista e produtora Lena Waithe — que ganhou um Emmy pela escrita de Thanksgiving, um episódio da segunda temporada de Master of None também interpretado por ela, sobre uma mulher negra lésbica a assumir-se perante a família — foram contratadas como editoras da Zando e terão a seu cargo chancelas próprias.

Na chancela Gillian Flynn Books serão publicados livros de ficção, de não-ficção e relacionados com crimes. E na chancela dirigida por Lena Waithe, que se chama Hillman Grad Books, e que ela liderará com Rishi Rajani e Naomi Funabashi (executivos da produtora de Waithe, Hillman Grad), serão publicadas memórias, ficção literária e literatura infantil de “vozes emergentes e pouco representadas”.

Ao The New York Times, Gillian Flynn explicou que o que a atraiu neste seu novo papel de editora — já que os seus próprios livros para já continuarão a ser publicados por um grande grupo, a Penguin Random House — foi poder defender escritores que saem da norma e ter-lhe sido dada a possibilidade de dar a outras pessoas aquilo que lhe deram no passado: “Uma chance no mercado”.

Como se sabe é cada vez mais difícil publicar quando não se é já um autor conhecido e mesmo quando estes autores conseguem publicar o seu livro nem sempre encontram forma de lutar contra a falta de visibilidade “no mercado de algoritmos de hoje, que favorece marcas reconhecíveis”, como escreve o diário norte-americano.

Outra das novidades na forma de actuar da Zando é que o papel de Gillian Flynn e de Lena Waithe não terminará quando os livros chegarem às livrarias. Elas irão também participar na promoção dos livros que publicam e nas campanhas de marketing através das suas redes sociais com uma enorme base de fãs.

Gillian Flynn e Lena Waithe chegam à Zando por causa de um convite feito pela fundadora da editora, Molly Stern, que editou Flynn no passado e sempre tentou que Waithe escrevesse um livro. Esta norte-americana quer lutar contra aquilo que ela entende ser “a crise da descoberta” de autores novos no mercado editorial. Quando Molly Stern trabalhava na editora Crown, do grupo editorial Penguin Random House, era conhecida por lançar livros que além de serem obras de qualidade eram também sucessos comerciais. Foi ela que editou, por exemplo, o livro de Michele Obama, Becoming- A minha história. Nessa época ela trabalhou com a actriz Sarah Jessica Parker que criou um selo próprio na Hogarth (da Crown) e foi dessa experiência que lhe surgiu agora esta ideia.

Em 2018, houve uma restruturação na Penguin Random House e Molly Stern decidiu abandonar o grupo editorial. Anos depois nasceu a Zando, que promete vir a revolucionar o mercado pela sua maneira de trabalhar e comunicar. Os primeiros livros irão ser lançados no mercado norte-americano na próxima Primavera.