EUA financiaram experiências de manipulação de coronavírus em Wuhan - mas isso não foi a origem do SARS-CoV-2

Organização EcoHealth Alliance foi financiada pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA para estudar vírus de morcegos com vários parceiros chineses, para prevenir uma futura epidemia. Mas algumas das experiências podem não ter cumprido os critérios de segurança.

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Um membro da segurança junto ao Instituto de Virologia de Wuhan ROMAN PILIPEY/EPA

Já se sabia que a organização sem fins lucrativos​ com sede nos Estados Unidos EcoHealth Alliance, que estuda doenças emergentes, tinha tido acesso a bolsas de investigação científica federais norte-americanas para estudar coronavírus de morcegos, trabalhando em conjunto com o Instituto de Virologia de Wuhan, e outras instituições da cidade chinesa onde foram detectados os primeiros casos de covid-19. Mais de 900 páginas de documentos a que o site norte-americano The Intercept teve acesso, ao abrigo da Lei da Liberdade de Informação, mostram que algumas das experiências feitas nos laboratórios chineses podem ser classificadas como de “ganho de função” - ou seja, tornar intencionalmente os vírus mais patogénicos ou transmissíveis.

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Já se sabia que a organização sem fins lucrativos​ com sede nos Estados Unidos EcoHealth Alliance, que estuda doenças emergentes, tinha tido acesso a bolsas de investigação científica federais norte-americanas para estudar coronavírus de morcegos, trabalhando em conjunto com o Instituto de Virologia de Wuhan, e outras instituições da cidade chinesa onde foram detectados os primeiros casos de covid-19. Mais de 900 páginas de documentos a que o site norte-americano The Intercept teve acesso, ao abrigo da Lei da Liberdade de Informação, mostram que algumas das experiências feitas nos laboratórios chineses podem ser classificadas como de “ganho de função” - ou seja, tornar intencionalmente os vírus mais patogénicos ou transmissíveis.